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Bala na Cesta

Com nova lesão, a difícil missão de Derrick Rose

Fábio Balassiano

25/02/2015 15h00

rose1A noite de ontem terminou bem triste para quem gosta de basquete independente do time que você torce. O Chicago Bulls anunciou que o armador Derrick Rose, um dos melhores jogadores dessa geração, passará por nova cirurgia no joelho nesta quarta-feira para reparar um problema no menisco do joelho direito.

Este é o mesmo procedimento pelo qual Rose passou em dezembro de 2013 e a terceira cirurgia praticamente seguida do armador do Chicago. Ele lesionou o joelho esquerdo no jogo 1 dos playoffs em abril de 2012. Ficou de fora da temporada 2012/2013. Voltou e logo se machucou de novo em 2013/2014. Quando operou em 2013, logo após a partida contra o Portland em 23 de novembro, o atleta acabou ficando de fora do restante do certame, mas essa não é a regra em operações no menisco. Há casos (como os de Russell Westbrook e Ron Artest por exemplo) de jogadores que voltam com um, dois meses (o prazo estimado pelos médicos é de 45 dias aliás), mas isso é o menos importante no momento.

rose2Rose, que participou de 99% dos jogos do Bulls até o final da temporada 2010/2011 e de apenas 33% a partir de então (perdeu 192 partidas até ontem), deve estar um caco em termos psicológicos (o que é mais do que compreensível). Nenhum ser humano merece passar pelo que ele está passando. Para quem foi MVP em 2010/2011 com apenas 22 anos, menos ainda. Ver aos 26 que você muito provavelmente não será aquilo que estava caminhando para ser é pra lá de frustrante e sem dúvida alguma atormentará a cabeça do rapaz nestes dias em que ele ficará se recuperando de mais uma intervenção no joelho. Ficar se perguntando "por que isso acontece comigo?" me parece inevitável (e doloroso).

rose3O único caso similar que consigo me lembrar no esporte é o do atacante Ronaldo, que passou por um punhado de cirurgias no joelho antes de voltar a jogar em alto nível na Copa do Mundo de 2002. Além do caso dele, não consigo enxergar alguém que tenha se lascado tanto, que tenha feito uma série tão grande de procedimentos cirúrgicos, quanto ele (Ronaldo) e Derrick Rose.

Nesta temporada ele provou que mesmo longe de condições ideais era importante para o time, que poderia ajudar o Chicago a voltar para a chegar a uma final da NBA que não vem há quase duas décadas (suas médias de 18 pontos e mais de 5 assistências por jogo são muito boas). O problema, agora, é sair do (natural) buraco psicológico em que se encontra para tentar voltar a jogar em alto nível após mais uma intervenção cirúrgica.

É esta a missão (quase) impossível de Rose no momento.

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