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Bala na Cesta

Com LeBron James voando, Cavs chegam a 11 vitórias na NBA

Fábio Balassiano

03/02/2015 08h00

lebron1O começo de 2015 foi especialmente duro com o Cleveland Cavs. Sem ainda ter engrenado na temporada 2014/2015 da NBA a franquia de Ohio perdeu LeBron James por lesão, viu seu desempenho despencar com seis derrotas seguidas e a campanha ficou no negativo 13 de janeiro (19-20 após perder do Phoenix Suns por 107-100 no Arizona).

Isso, claro, sem falar na guerra particular que LeBron travava com o técnico David Blatt. Chegou ao ponto de, em um caso raro, o gerente-geral David Griffin vir a público desmentir os rumores da saída de Blatt e assegurar o treinador até o final do campeonato. O botão de alerta estava ligado.

Coincidência ou não, depois que Griffin assegurou Blatt no comando o Cleveland começou a jogar. Não dá para garantir que foi um claro "putz, já que vai ser com ele vamos tratar de jogar bola" por parte dos atletas (em especial da estrela da companhia), mas os resultados falam por si só. LeBron voltou a jogar no dia 13, justamente na derrota para o Phoenix. Depois disso, nenhuma derrota, (agora) 11 vitórias consecutivas (a última veio ontem contra o Sixers, em casa, por 97-84) e o melhor basquete praticado por ele desde seu regresso ao Cavs. No mês, LBJ tem incríveis 29,9 pontos (apenas dois jogos com menos de 20), 6,3 rebotes e 6,4 assistências.

smith1Mas não é só isso, obviamente. O recém-contratado pivô Timofey Mozgov traz a tal segurança perto da cesta tão necessária aos Cavs desde o começo da temporada (o russo, alto pra chuchu, consegue proteger o garrafão, fazendo com que Kevin Love não sofra tanto nas mãos dos alas e pivôs adversários). JR Smith (na foto à direita), vejam só, está comportado, produz muito bem (13,5 pontos em razoáveis 35% nas bolas longas) e dá boa opção para as infiltrações de LeBron ao se colocar nas extremidades para arremessar. Outro recém-chegado, Iman Shumpert (sete jogos – ainda sem conhecer derrota) dá boa consistência defensiva no perímetro e bastante agressividade para atacar a cesta. O tal elenco de apoio, que precisava de mais gente (e mais gente jovem, com bom físico), ficou mais completo, regular e balanceado.

INBA: Cleveland Cavaliers-Media Daysso já seria o bastante, mas tem mais. Kyrie Irving explodiu ao fazer 55 pontos contra o Portland (no jogo que LeBron, poupado, não atuou) e já tem 21,8 pontos de média nessa temporada. Kevin Love, com seus 17,1 pontos e 10,4 rebotes, tem se colocado muito bem para os arremessos de fora e parece mais confortável na marcação desde que Mozgov chegou (principalmente por estar mais longe do combate direto aos pivôs adversários). O tal trio de ferro, que ainda não havia engrenado, agora dita muito bem o ritmo em Cleveland.

Maccabi Tel Aviv v Cleveland CavaliersE com isso todos ganham. Os Cavs agora têm 30-20, 11 vitórias seguidas e vão perseguindo Chicago (o quarto do Leste), Washington (o 3º) e Toronto (2º) no Leste. Quanto mais eles se aproximarem do Atlanta (o líder, que perdeu ontem depois de 19 vitórias seguidas, agora tem 40-9), melhor eles irão chegar ao playoff. A notícia mais agradável, porém, não é nem a série de triunfos e muito menos a campanha que se distanciou dos 50%. O bom mesmo é que a defesa passou a agredir mais, que JR Smith, Shumpert e Mozgov se adaptaram rapidamente, que Irving e Love estão jogando muita bola e, o principal, que LeBron James está voando como nos velhos tempos.

E com o melhor jogador do planeta jogando como está o Cleveland tem todo direito de sonhar com o título do Leste. Concorda comigo? Comente!

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