Josh Smith estreia e coloca Houston como um dos favoritos a ganhar o Oeste
Deixei para escrever sobre o tema justamente quando Josh Smith fizesse sua estreia pelo Houston Rockets. Então vamos lá.
No começo da semana o ala, cujo potencial físico é incrível, foi sumariamente dispensado pelo Detroit Pistons (rescindiram o contrato dele e pagarão TUDO o que resta nos US$ 28 milhões pelas próximas duas temporadas – o valor, em termos de folha salarial, será diluído nos cinco próximos anos). Dando sopa no mercado, cinco ou seis times se interessaram no cara. O Houston, do amigo Dwight Howard, levou a melhor.
E Josh já fez a estreia ontem contra os Grizzlies em Memphis. E com estes números: 21 pontos (9/21), 8 rebotes (4 ofensivos) e 3 assistências. No final, importante vitória dos Rockets por 117-111 na prorrogação (no final do texto os melhores momentos da peleja desta sexta-feira). Como se vê, o rapaz está longe de ser o pereba que o Detrois quis pintar. Alguém que tem a média de 15 pontos em 10 anos de NBA está LONGE de ser ruim, vamos combinar.
Analisando a situação de Smith em primeiro lugar. É claro que ele não valia tudo o que os Pistons estavam pagando por ele (US$ 14 milhões por temporada até 2017). Depois de ter assinado Ben Gordon e Charlie Villanueva a gente esperava que Joe Dumars tivesse aprendido a não colocar tanto dinheiro na mesa de forma equivocada. Mas não foi isso o que aconteceu e Josh recebeu uma proposta imensa dos Pistons há duas temporadas. O ala-pivô sempre será um ótimo complemento de elenco (role player) mas nunca um jogador que irá carregar uma franquia rumo a um título (franchise player). Entender isso, para a equipe que o contrata e para o próprio atleta, é fundamental.
E aparentemente foi isso que os Rockets (21-7 e na vice-liderança do Oeste) mostraram a ele. A ESPN norte-americana reportou que ele será titular (uma das exigências dele), mas isso é o menos importante. Ontem ele saiu do banco (provavelmente porque foi a estreia), teve uma participação excelente, foi o líder do time em arremessos tentados (21), mas todo mundo ali sabe que a equipe, no ataque, gira em torno de James Harden (27,2 pontos e 18,9 arremessos/jogo). Josh Smith sabe disso. Kevin McHale (o técnico com ele na foto à esquerda) sabe disso e certamente passará essa mensagem, de forma suave, a ele.
O fato é que com Josh Smith o Houston, que recentemente já havia contratado Alexey Shved (armador russo) e Corey Brewer (ala físico e ótimo marcador), fica ainda mais forte e se coloca em condição de igualdade com QUALQUER time do Oeste na luta pelo título da conferência. É um elenco tão talentoso quanto o do Spurs, o Warriors, o Clippers, o Grizzlies e o Mavs (para mim as principais peças deste quebra-cabeça selvagem que é o Oeste) e que ganha, com Josh e Brewer, dois atletas experientes, com fome de ir longe na pós-temporada e com bons potenciais físicos para defender – no perímtro e perto da cesta.
A se lamentar, para os Rockets, apenas o espaço que Josh Smith terá na rotação nos lugares de Terrence Jones (14 pontos e 7,5 rebotes/jogo) e Donatas Motiejunas (10,3 pontos e 6,4 rebotes). Ambos são jovens (22 e 24 anos, respectivamente), estavam se desenvolvendo e certamente a chegada do novo camisa 5 lhes tirará boa parte do tempo de quadra que a posição 4 (ala-pivô) aberta lhes proporcionava.
De todo modo, este é o tipo de contratação que os times da NBA chamam de oportunidade de mercado. Ninguém pagaria o que o Detroit tinha de contrato por um ótimo-porém-caro jogador. Solto no mercado e com a possibilidade de gastar módicos US$ 2 milhões até o final da temporada (o que o Houston irá pagar) Josh Smith tornou-se natural e automaticamente uma peça interessante para quase todos os elencos da liga. Os Rockets deram sorte de tê-lo livre no mercado, foram ágeis para seduzir o rapar e colocam no mesmo quinteto James Harden, Trevor Ariza, ele e Dwight Howard.
É ou não uma excelente forma de brigar pelo título do Oeste? Comente aí!
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