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Bala na Cesta

O bom time do Portland e a necessidade do senso de urgência

Fábio Balassiano

02/12/2014 01h42

trioSe tem um time que este blogueiro gosta de ver jogar na NBA este é o Portland Trail Blazers. Muito bem montado pelo técnico Terry Stotts, a turma de Oregon manteve os mesmos titulares da temporada passada e joga de forma livre, inteligente e explorando todas as opções possíveis no ataque e na defesa. Não surpreende, portanto, o fulminante começo de temporada com 13-4 e a terceira posição do Oeste.

O básico é falar sobre o espetacular duo LaMarcus Aldridge e Damian Lillard, que, juntos, somam 41 dos 104 pontos da equipe (sexto ataque mais positivo). Mas os Blazers são mais do que isso – e há algum tempo já. E desta vez não dá para falar na presença de Nicolas Batum, não. Pode ser que seja devido ao cansaço do Mundial em que foi muito exigido pela França, mas o ala não começou muito bem e registra 8,9 pontos e 32% de aproveitamento (suas piores médias desde seu ano de calouro).

wesQuem segura o rojão pelo Portland é mesmo Wesley Matthews (foto à esquerda), um dos mais subestimados jogadores da NBA. Depois de não ter sido selecionado no Draft de 2009 ele ganhou um contrato do Utah Jazz, mas a franquia decidiu não pagar para ver nos cinco anos e US$ 34 milhões que os Blazers ofereceram a ele. Provavelmente o Jazz se arrepende quando vê, hoje, Matthews anotar ótimos 17,3 pontos de média e ter excelentes 40% de aproveitamento nos tiros de três pontos, sendo uma das mais confiáveis bolas de fora da NBA na atualidade (e isso quase ninguém vê).

blazers1Além dele, quem tem jogado bem pelo Portland é, acreditem, o pivô Chris Kaman. Depois de passar por um pavoroso ano no Lakers ele aceitou a alcunha de ser reserva de Robin Lopez e registra razoáveis 11,1 pontos e 7,3 rebotes em 19 minutos por jogo. Do banco também saem Steve Blake, o jovem CJ McCollum, Allen Crabbe e Joel Freeland.

blazers2Fincar o pé nas primeiras posições do Oeste é imperativo para tentar dar o próximo passo (campeonato passado o time avançou à segunda rodada), mesmo sabendo quão difícil isso é devido a concorrência pesada que há. Para isso seguir vencendo é fundamental, obviamente. E o calendário não ajuda muito. Os Blazers têm seis dos próximos sete jogos fora de casa a começar de hoje, quando enfrentam o Denver no Colorado. Depois Indiana em Portland e viagem para pegar os Knicks, Pistons, Wolves, Bulls e Pacers. Resta saber, depois dessas partidas, como a rapaziada de Oregon estará na classificação.

Se mantiver o ritmo e continuar ganhando a confiança sobe e certamente a chance de ficar entre os três primeiros do Oeste aumenta. A dúvida é saber se os Blazers conseguirão ligar o senso de urgência tão "cedo" (dezembro) na temporada. Será que eles conseguem? Comente!

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