Em jogo morno, NBA deu mais uma aula de promoção de evento
Costumo dizer que o evento mais chato da semana do NBA Global Games é mesmo o jogo. Neste sábado não foi diferente. Cleveland e Miami fizeram um jogo abaixo do morno, apenas com os minutos finais mais agitados (aqueles que levaram a peleja a prorrogação) e que no final viu a vitória do Cavs por 122-119 (105 iguais no tempo normal) contra o Heat. Mas houve muita coisa bacana neste sábado. Vamos lá:
1) Em primeiro lugar, a NBA deu mais uma aula de promoção de evento. Transformou um singelo jogo em um entretenimento de primeira qualidade para quem esteve na HSBC Arena (que lotou, com mais de 15 mil presentes). Pelo que conversei com um amigo, mais de 600 profissionais foram contratados pela liga norte-americana para transformar a partida em um espetáculo. Não era uma questão de ter uma peleja com duas franquias do melhor basquete do planeta no Rio de Janeiro. A NBA fez questão de trazer o "ambiente" NBA para o Brasil. E ela conseguiu, com louvor.
2) Deu tudo certo para a NBA e também para o anfitrião Anderson Varejão. O capixaba foi lindamente aplaudido do começo ao fim e retribuiu. Emocionado, conteve as lágrimas no começo e despejou muitos pontos em sequência na cesta do Miami. O pivô, titular nesta partida, saiu-se com 14 pontos e três rebotes. Carismático toda vida, Varejão teve seu nome gritado inúmeras vezes pelos torcedores durante a partida. Para quem viu Nenê ser vaiado ano passado, ter visto o camisa 17 ser acarinhado com tanta veemência foi bacana demais. Ponto para ele e para quem cuida de sua imagem (no caso a sua assessoria de imprensa, competente até dizer chega).
3) Em outro exemplo de como devem ser tratados os ídolos a NBA colocou em quadra Pat Riley, Alonzo Mourning, Gary Payton e Steve Smith. Eles foram anunciados, tiveram imagens divulgadas no telão e receberam o carinho dos torcedores. Durou um minuto, receber a reverência do público deve fazer um bem danado.
4) No intervalo do jogo, o momento mais emocionante de todos. Luciano do Valle, um dos precursores da NBA no Braisl, foi homenageado pela organização do evento. Sua ex-mulher e Álvaro José, comentarista de tantas batalhas com Luciano na TV Bandeirantes, entraram para receber uma bola e uma placa. O ginásio veio abaixo, foi realmente muito lindo o que foi feito.
5) Sobre o jogo em si, algumas singelas observações para fechar: a) Kevin Love terminou com 25 pontos. Com LeBron James e Kyrie Irving infiltrando, Love, um dos melhores QI's de basquete da NBA, vai se refestelar de tanto arremessas livre nas extremidades da quadra; b) Como jogou o calouro Shabazz Napier, do Miami. O armador teve 14 pontos no último período, e ajudou a levar a partida à prorrogação. Se eu fosse Mario Chalmers e Norris Cole, os dois veteranos que em teoria teriam mais tempo de quadra, ficaria preocupado; e c) A atuação, de LeBron James, foi de uma preguiça contagiangezzzzzz….
Mais do que o jogo, que valeu bastante pela emoção final (e por ter a NBA aqui novamente, o que é óbvio), a NBA termina a sua semana no Rio de Janeiro dando mais uma aula de promoção de evento e valorização do seu produto. Que as lições tenham sido aprendidas por todas as entidades (Confederações, empresas, Ligas) que estiveram acompanhando. As aulas (teórica e prática) foram muito bem ministradas.
Viu o jogo (do ginásio ou da TV)? Gostou? Se surpreendeu com algo? Comente!
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