Brasil luta muito, mas perde da França e está fora do Mundial Feminino
A seleção brasileira feminina lutou muito, mas não foi páreo para a França. A atual vice-campeã olímpica, cuja Confederação trabalha brilhantemente há mais de uma década (mais aqui), acaba de vencer o time de Zanon por 61-48 nas oitavas-de-final do Mundial Feminino da Turquia para se classificar às quartas-de-final, onde medirá forças com os Estados Unidos, na reedição da final de Londres-2012 (86-50 naquela partida). O jogo será na sexta-feira.
Com o resultado, o Brasil se despede do torneio com apenas uma vitória (Japão) e três derrotas (República Tcheca, Espanha e França). Pelo segundo Mundial seguido a seleção feminina não consegue bater uma seleção europeia. Em 2010, derrotas para Espanha, Rússia e República Tcheca. Antes destes seis insucessos seguidos contra países do velho mundo a última vitória veio contra as próprias tchecas em 2006, em São Paulo, no triunfo por 75-51 (Iziane teve 27 pontos e Érika e Adrianinha, que fizeram parte do grupo em 2014, também atuaram).
O jogo desta quarta-feira começou e o Brasil até que foi bem no primeiro período. As duas seleções estavam bem nervosas, e o time de Zanon perdeu por apenas 12-10 em um primeiro período feio demais (7 erros e 5/26 nos arremessos somados).
O segundo período veio, e as dificuldades ofensivas e de fundamento da equipe nacional afloraram. A defesa até que foi bem, mas o ataque travou, não pontuava nem por decreto. Com isso, a França teve boas oportunidades de contra-atacar e converter cestas com facilidade. O Brasil fez apenas 5 pontos nos 10 minutos que antecederam o intervalo e foi para o vestiário perdendo por 26-15 (parcial de 14-5 para as europeias). Naquele momento a equipe de Zanon tinha 4/27 nos arremessos de quadra e 8 desperdícios de bola.
O Brasil ainda esboçou uma reação no terceiro período, mas a vantagem francesa acabou não diminuindo. O ataque produziu, em 10 minutos, o mesmo que havia feito nos 20 iniciais. A parcial de 19-15 para as francesas mostrou melhora por parte das meninas brasileiras no ataque, mas nada muito assustador e nem que levasse a diferença europeia a cair. A França foi para os últimos dez minutos com confortáveis 45-30.
Nos últimos dez minutos o panorama não se modificou. A França teve domínio total das ações, jogou muito melhor e impediu qualquer chance de reação do Brasil. O Brasil, aliás, lutou muito, tentou de tudo, mas esbarrou em suas próprias deficiências (e isso faz parte do esporte).
No final, a derrota por 61-48 refletiu exatamente o que as duas seleções fizeram na partida e o que os dois países têm feito no basquete neste século. A França enfrenta os Estados Unidos nas quartas-de-final e reedita a final olímpica na sexta-feira. O Brasil volta para casa sem vencer um time europeu sequer e sem a menor perspectiva de melhora em um futuro próximo. Seria muito bom se os dirigentes demonstrassem um mínimo de força de vontade e colocassem o feminino na ordem do dia para reformulação total da modalidade. Por enquanto, porém, é devaneio pensar nisso.
Viu o jogo? O que achou? Concorda comigo que a seleção terminará o Mundial exatamente no patamar em que se encontra atualmente no basquete feminino do planeta? Comente!
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