Brasil joga muito mal e perde da República Tcheca na estreia do Mundial
Escrevi aqui na terça-feira que para as pretensões da seleção brasileira no Mundial da Turquia vencer na estreia seria fundamental. O passo ensinou que um começo ruim pavimentava trajetórias ruins das equipes femininas recentes. Mas não mudou nada. Errático, o Brasil jogou mal demais contra a República Tcheca, perdeu feio por 68-55 e iniciou o torneio com uma derrota que complicará demais a campanha na competição.
Amanhã, também às 15h15 (Sportv exibe), o time de Zanon enfrenta a Espanha, campeã europeia que venceu o Japão neste sábado por 74-50. Se perder, terá que vencer as asiáticas de qualquer maneira para não ser eliminada na primeira fase.
O Brasil até que começou bem a partida. Acionando Érika (foto à direita) o tempo todo, abriu 5-4 com dois minutos e parecia estar pronto para duelas contra as atuais vice-campeãs mundiais. Mas logo os erros apareceram, logo as deficiências que competições fortes, como são Mundial e Olimpíada, acabam por acentuar apareceram.
A seleção feminina errou 16 de seus 19 arremessos no primeiro período (sim, é sério) e teve seis desperdícios de bola, perdendo a primeira parcial por 17-7 (ou seja, fez apenas dois pontos nos oito minutos restantes). No segundo quarto o panorama não se modificou. Dez equívocos nos chutes, quatro erros e 27-20 para as tchecas no intervalo. O ataque brasileiro, portanto, conseguiu anotar um ponto por minuto na primeira etapa, muito pouco.
Na volta do vestiário o panorama não se modificou muito. As tchecas mantiveram um bom aproveitamento de quadra, a seleção feminina foi ficando cada vez mais nervosa e a diferença chegou a 18 pontos a favor das europeias. O time de Zanon chegou a esboçar uma reação no final, mas não foi o suficiente.
O Brasil, de fato, jogou muito, mas muito mal. Defendeu mal, pressionando pouco quem estava com a bola do outro lado, teve um ataque estático, parado, travado e não conseguiu trocar passes no sistema ofensivo (as oito assistências são a prova fiel disso que escrevo). Na frieza dos números, eles dizem tudo: 18/69 (26% de aproveitamento) nos chutes e 17 desperdícios de bola.
Ou seja do ou seja: a seleção feminina teve 90 posses de bola. Em apenas 18 delas (20%, portanto) conseguiu o objetivo final do ataque (colocar a bola na cesta através de um arremesso). Tudo isso com os 24 rebotes ofensivos conquistado (apenas nove das rivais). Houve volume, mas não é possível vencer indo tão mal no ataque. Isso que vimos neste sábado, caros amigos, é muito pouco. Ninguém consegue ganhar jogo de Mundial ou Olimpíada assim, é um fato.
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