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Bala na Cesta

Seleção inicia Mundial com nove estreantes na competição - veja lista!

Fábio Balassiano

25/09/2014 18h00

damirisOntem eu falei aqui sobre a média de idade do Brasil no Mundial da Turquia. Os 24,9 anos colocam o time de Zanon como o quarto mais novo da competição, e isso já diz muito sobre a juventude deste elenco. Mas não é só isso.

Do grupo que estará na Turquia, apenas três atletas já disputaram um Mundial . Adrianinha, de 35 anos, jogou em 2002 (Brasil em 7º), 2006 (4º), 2010 (9º) e agora disputará seu quarto torneio. Melhor pivô do planeta, Érika esteve em 2006 e 2010. Damiris, agora com 21 anos, jogou em 2010, na República Tcheca com 17 anos. As demais atletas estrearão na Turquia (inclusive Jaqueline, de 28 anos, a terceira mais veterana do elenco).

deboraMas não é só isso que chama a atenção. Além da pouca idade, estas meninas foram pouco utilizadas na última LBF. Com times recheados de veteranas, técnicos que não dão muito espaço para jovens, estrangeiras quem nem sempre acrescentam muito e nenhum time Sub-21 "patrocinado" pela CBB (como já foi no começo de século, aliás), algumas das 12 meninas convocadas por Zanon pouco atuaram na mais recentes competição nacional.

Debora (foto à esquerda), terceira armadora do time, jogou módicos 7,7 minutos por jogo em Americana (para ter mais espaço, inteligentemente acaba de se transferir para São José). Tatiane, uma das mais talentosas alas da geração, não ficou a metade do tempo de jogo em quadra com a camisa do Sport. Isabela Ramona e Joice Coelho, as duas mais jovens do elenco (20 e 21 anos, respectivamente), não chegaram a 22 minutos por jogo. A que mais atuou foi Jaqueline, de Santo André, com 34,1 minutos/jogo. A média das 12 convocadas ficou em regulares 24,1 minutos por partida. Veja, abaixo, quadro completo.
estreia

zanon1Cabem várias reflexões a respeito do tema, sem dúvida alguma. Mas seria muito interessante que os clubes optassem por dar espaço a estas meninas. Talento está claro que elas têm. Basta alguém ter coragem de colocá-las em quadra. O intrigante dessa história é que esse "alguém" foi justamente o técnico da seleção (Zanon), e não os treinadores dos times da LBF.

Que este Mundial abra os olhos de todos neste sentido.

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