Faltando 24h para o jogo, como estarão a cabeça e o coração de Magnano?
No momento em que este post está sendo publicado faltarão 24 horas para a bola subir em Madri no Mundial da Espanha. Será mais um Brasil x Argentina decisivo neste século. E será mais uma vez que Rubén Magnano, agora treinador da seleção brasileira, enfrentará o seu país (curiosamente ele esteve, aliás, nos três duelos fundamentais deste século – em 2002, com os hermanos, e em 2010 e 2012 do lado brasileiro).
Magnano tem feito um bom trabalho à frente da seleção brasileira (é só ver a transformação do time de outros tempos para o do Mundial da Turquia, de 2010, para cá) e sabe do que ele é capaz. A defesa tornou-se uma arma incrível, o ataque precipita menos as ações e o famoso jogo com os pivôs nunca foi tão acionado. À beira da quadra, e é lá que seu trabalho precisa ser julgado/analisado, ele tem ido muito bem, disso ninguém tem dúvida (a Copa América de 2013, e tudo o que se passou depois, parece mais uma exceção do que qualquer coisa). Mas ele sabe que, agora, o time brasileiro precisa de resultado, de um resultado que marque essa geração reconhecidamente muito talentosa.
Do outro lado, porém, estarão rostos muito conhecidos do treinador (rostos conhecidos e vencedores, diga-se de passagem). Todo mundo sabe o que Magnano ganhou com a Argentina, e é justamente em 2014 que se completam 10 anos daquele momento histórico do basquete dos hermanos (o do ouro olímpico em Atenas, 2004). As homenagens e as provas de carinho que ele recebeu nos últimos tempos (desde aquele Pré-Olímpico de 2011 em Mar del Plata até a mais recente, em Buenos Aires) mostram bem o que ele representa em solo platense (com toda razão, obviamente). Além disso, a geração que ele tão bem plantou está chegando ao fim – e isso obviamente deve ter um peso importante para ele.
Poderia dizer que para atletas e comissões técnicas das duas partes deste domingo é um jogo como outro qualquer, mas seria imbecil (e mentiroso) de minha parte. Não é. E todo mundo sabe que não é. É a maior rivalidade do continente, é uma freguesia (brasileira) que já dura uma década (ou mais), uma das derradeiras participações da geração mais vencedoras do basquete mundial (de Luis Scola e companhia) e uma das últimas chances do Brasil ganhar da Argentina em uma partida eliminatória com tanto valor assim. Isso tudo com um técnico argentino dirigindo a seleção brasileira.
Que, por favor, fique claro: isso tudo que disse acima certamente não afetará no modo de Rubén Magnano dirigir a equipe brasileira neste domingo na capital espanhola. Mas, por mais frio que Magnano tente ser neste momento (e ele tem conseguido controlar bem suas emoções, o que é ótimo), que há no treinador do Brasil um componente emocional fortíssimo envolvido na peleja de amanhã ninguém duvida. E nem poderia ser diferente. Coloque-se no lugar dele por alguns segundos e pense no que você estaria sentindo.
Se a gente, que não joga, fica mexido, ansioso, com o coração na boca com o que acontecerá amanhã a partir das 17h, é difícil imaginar como estarão a cabeça e o coração Rubén Magnano está neste momento.
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