Brasil precisa parar Scola para vencer - veja números dele contra seleção
Este é um texto que qualquer um que acompanha basquete no Brasil não gosta de escrever. Simplesmente porque a gente lembra de tudo o que o país já passou na mão dele. Mas é obrigação recordar do que Luis Scola, mítico camisa 4 da Argentina, já fez contra o Brasil justamente para tentar evitar o pior no jogo eliminatório de domingo valendo pelas oitavas-de-final da Copa do Mundo da Espanha (17h).
Nos últimos anos quem viu partidas da seleção brasileira de basquete não pode nem ouvir falar no nome dele. Apresenta o diabo, mas não coloca o argentino diante de uma camisa amarela (ou verde, ou branca, sei lá).
Há jogo entre Brasil x Argentina e o roteiro é quase sempre o mesmo: bola no Scola, inúmeros picks para ele, muitos pontos do camisa 4, atuações memoráveis do ala-pivô, grau de dramaticidade para os brasileiros que beira a tortura e, no final, vitória platense (o pior). Além de algumas atuações memoráveis, como as do Mundial de 2010, na Turquia, e a do Pré-Olímpico de 2007, os números de Luifa, como é conhecido, contra os brasileiros são assustadores, vejam só:
Não tem muito jeito, queridos leitores. Se quiser realmente vencer a Argentina, o Brasil só tem uma alternativa: parar Luis Scola de qualquer maneira. Com uma média dessas (quase 22 pontos), com uma participação dessas (quase 1/3 dos pontos totais dos hermanos), não dá para apelar à máxima de que o basquete é coletivo aqui, não.
E parar o camisa 4 não é, necessariamente, "só" reduzir a sua pontuação do ala-pivô que na sexta-feira passou justamente um brasileiro, o não menos mítico Marcel de Souza, para tornar-se o quarto maior pontuador da história dos Mundiais (ele agora tem incríveis 553 pontos em quatro participações na competição e está atrás, apenas, do iugoslavo Dalipagic, do australiano Andrew Gaze e de Oscar Schmidt).
O ideal é colocar "volume" nas costas de Scola, obrigando-o a marcar Nenê, Tiago, Varejão e Hettsheimeir. Deixá-lo folgado, solto na defesa, como foram nos últimos duelos, é suicídio e dará ainda mais gás para o camisa 4 tentar decidir no outro extremo da quadra. Atacá-lo, portanto, desde o começo (quem sabe carregando-o em faltas) é mais do que imperativo. Pelo lado técnico da coisa e pela questão física que certamente atormentará Scola, de 34 anos. Ele certamente terá dificuldade contra o jogo físico de Nenê ou Hettsheimeir (que já lhe causou problemas em 2011, no Pré-Olímpico de Mar del Plata).
É hora de a comissão técnica do Brasil dormir e acordar pensando em como deter Luis Scola. Por mais racional que a gente tente ser neste momento, a verdade é uma só: ninguém por aqui aguenta mais levar tanto ponto de Luis Scola – e perder da Argentina em jogo decisivo por tabela.
Concorda comigo? Parar Scola é a chave mesmo para o Brasil vencer no domingo? Comente!
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