Com menos de 1 mês de treino, Sub-18 Feminina estreia hoje na Copa América

Este é um assunto recorrente aqui no blog, certo? Nos últimos meses você leu (aqui um consolidado) que a Confederação Brasileira de Basketball decidiu literalmente ligar o "dane-se" (ou uma palavra menos educada) em relação à preparação das seleções brasileiras de base para as suas competições.

Foi assim no Mundial Feminino Sub-17 (nona colocação). Foi assim na Copa América Masculina Sub-18 (que nem jogará o Mundial Sub-19 em 2015). Será assim com a equipe Feminina Sub-18 que jogará, a partir de hoje, às 16h, contra Porto Rico em Colorado Springs (EUA), a classificação para o Mundial da categoria no próximo ano também. O site oficial da competição está aqui .

O Brasil está no grupo B. Na sequência, enfrenta Argentina (7/8) e Chile (8/8). Na chave A estão Canadá, El Salvador, Estados Unidos e México. As duas primeiras colocadas de cada chave se classificam para a fase semifinal, e todas elas (as quatro primeiras colocadas, portanto) estarão classificadas para o Campeonato Mundial Sub-19 de 2015. Ou seja: vencer Porto Rico logo mais é fundamental.

Como disse aqui recentemente, o time de Guilherme Vos (foto à esquerda) começou a treinar apenas em 22 de julho. Ou seja: até hoje, data da estreia, nem um mês de treinos o carioca teve com seu elenco. Um verdadeiro absurdo, um disparate por parte de quem comanda o basquete brasileiro.

Nego-me a crer que a turma da Avenida Rio Branco acredite realmente que, assim, as meninas que ainda insistem no basquete vão evoluir, vão se desenvolver, vão se tornar atletas realmente de elite. Ou será que eles acreditam nisso?

Só nos resta torcer para que a seleção Sub-18 consiga a vaga (e é bem provável que isso aconteça, pois em âmbito continental o feminino ainda reina e consegue sobreviver devido a sua reserva técnica). De todo modo, o óbvio está esfregado na cara de todo mundo: a preparação está longe de ter sido bem feita. Se "só" tempo de treinamento não define absolutamente nada em termos de sucesso de um time ou de atletas, é muito claro também que se preparar mal é um péssimo sinal para o basquete brasileiro.

A CBB não dá a mínima para as categorias menores. Que ela não espere bons resultados e que ela saiba que o futuro da modalidade, com essa gestão pífia dos times de base, será bem sombrio.  Não há boa vontade (de atletas, clubes e atletas) que se sustente no longo prazo com tamanha falta de competência.