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Bala na Cesta

Brasil enfrenta Argentina, que estará sem o algoz Luis Scola

Fábio Balassiano

01/08/2014 00h38

luis4Nos últimos anos quem se acostumou a acompanhar partidas da seleção brasileira de basquete não pode nem ouvir falar em um nome: Luis Scola. Apresenta o diabo, mas não coloca o argentino diante de uma camisa amarela (ou verde, ou branca, sei lá).

Há jogo entre Brasil x Argentina e o roteiro é quase sempre o mesmo: bola no Scola, muitos pontos do camisa 4 e vitória platense, atuações memoráveis do ala-pivô e grau de dramaticidade para os brasileiros que beira a tortura, beira o desespero.

Mas é justamente sem ele que o time de Rubén Magnano, que ontem bateu facilmente Angola por 98-60 na abertura do Torneio Desafio que está sendo disputado aqui no Rio de Janeiro, encontrará os hermanos neste sábado (10h, com TV Globo e Sportv). Sobre o duelo contra os angolanos, nem dá para falar muito, na real. Os africanos têm nível técnico bem abaixo da crítica e serviram apenas para os jogadores tirarem a "ferrugem" no primeiro amistoso com Magnano em 2014.

luis5Sem Manu Ginóbili, impedido de jogar a Copa do Mundo da Espanha pelo San Antonio Spurs (a franquia da NBA afirmou que o argentino tem uma lesão na tíbia direita e que por este motivo não pode atuar), Scola mais do que nunca será o porto-seguro de uma seleção que bateu de frente com a Confederação nas últimas semanas e que chegará ao Mundial sem boa parte de sua força (Juan Gutierrez e Carlos Delfino também estão fora devido a contusões). Nada que assuste o craque, já acostumado a atuar nestas condições nos últimos anos.

Só não veremos isso a partir deste sábado, pois o ala pediu, no que foi aprovado pelo técnico Julio Lamas, para ficar treinando por conta própria na Argentina (veja mais aqui).

Abaixo os números dele contra o Brasil em todas as competições desde 2002:

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luis4São números que falam realmente por si, não é mesmo? E algumas atuações, a gente bem lembra, foram históricas (como a do Pré-Olímpico de 2007, em Las Vegas, e a do Mundial de 2010, na Turquia).

Scola tem média de 18,1 pontos em competições FIBA desde o começo deste século com a seleção argentina. E contra o Brasil ele consegue ter rendimentos ainda melhores. E reparem, também, no percentual do que representa o ala-pivô em relação ao total do time argentino). É assustador, não? Sem ele e Manu Ginóbili confesso que o jogo de amanhã, que já já tinha valor quase nenhum, perde muito de seu interesse. Mas é um Brasil x Argentina, sabe como é. Sempre tem seu valor.

Sem Scola, 27% dos problemas do Brasil não irão para o jogo. Será suficiente para uma vitória e outra boa apresentação dos comandados de Magnano? Comente!

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