Sem contratar reforço de peso, Lakers sai como maior derrotado da NBA
Escrevi aqui e aqui sobre a situação do Los Angeles Lakers no mercado da NBA para a temporada 2014/2015. Todo mundo sabia que o time californiano precisaria se reforçar, precisaria de novas, precisaria de nomes contundentes para dar a Kobe Bryant um fim de carreira minimamente decente.
Aqui, aliás, já cabe um parêntese pois sei que a argumentação virá. Kobe, de fato, vai receber MUITA grana do Lakers pelos próximos dois anos (US$ 48 milhões aproximadamente), mas não pode ser culpado por isso. Nem tudo mundo pensa como Tim Duncan, que abre mão de uma bolada porque sabe que só assim pode ter um time forte ao seu lado. Kobe sabe que é um dos melhores jogadores de todos os tempos, é orgulhoso, entende como funciona o mercado (relembre seus tuítes quando da renovação – aqui, aqui e aqui) e recebeu uma OFERTA DE TRABALHO. O camisa 24 não enfiou uma faca na diretoria do Lakers. Ouviu uma proposta e aceitou. Se eu faria diferente? Creio que sim. Se ele está errado? Óbvio que não.
Dito isso, vamos lá. Carmelo Anthony disse "não" ao Lakers (vai ficar no Knicks, tema de texto do blogueiro ainda essa semana). Os Lakers renovaram com Nick Young (4 anos, US$ 21mi) e Jordan Hill (2 anos, US$ 18mi – um ABSURDO completo!), e no mesmo dia Pau Gasol (foto à esquerda) confirmou que irá jogar em Chicago nos próximos anos. Uma observação importante: os angelinos ofereceram US$ 10 milhões a Gasol, e US$ 9mi/ano a Hill. Dá pra imaginar como o mais velho dos Gasol se sentiu quando recebeu a informação, não? O único "reforço" que chega é mesmo Jeremy Lin, despachado do Houston Rockets para que os texanos pudessem abrir espaço em sua folha salarial. E isso fala muito sobre as perspectivas dos dois times (Rockets e LAL) para os próximos anos.
Então ficamos assim. Os Lakers, ainda sem técnico, não conseguiram NADA no mercado. Disponível, mesmo, de ótimo jogador não restou muita coisa. Greg Monroe, pivô do Detroit, é agente-livre restrito, e os Pistons podem (devem) cobrir qualquer oferta que façam por ele.
A perspectiva, portanto, é pouco animadora para Kobe Bryant e os Lakers. E o grande responsável é Mitch Kupchak (foto à direita), gerente-geral que sabia do tamanho de sua responsabilidade neste verão (americano). Executivo não mais que mediano em seus quase 20 anos de franquia, Kupchak não traz nada de novo ao time há anos, não investe em novas ideias, não "sai da caixa" para fazer contratações (tipo as do Spurs). Aposta, sempre, no nome "Lakers", como se isso fosse o único motivo pelo qual um jogador irá jogar lá.
É pouco, e isso está provado. Carmelo Anthony disse não. LeBron James sequer ouviu oferta. Pau Gasol preferiu sair. Trevor Ariza (foi pro Houston) deu de ombros. E o time do Lakers que começará a próxima temporada deve ter Jeremy Lin, Kobe Bryant, Nick Young, Jordan Hill e Robert Sacre, com o calouro Julius Randle saindo do pouco (ainda não se sabe se Steve Nash continuará jogando…). Isso com a folha salarial já praticamente TODA comprometida…
Os Lakers, que ficaram de fora dos playoffs passados, saem como os mairoes derrotados do mercado de agentes-livres da NBA. O futuro da franquia é nebuloso (e ficar longe da pós-temporada, algo trágico pois seria o segundo ano consecutivo, tem tudo para acontecer). Mas Mitch Kupchak continuará exercendo a sua função sem muitas cobranças. Na análise sobre suas boas e más tacas, seu saldo é amplamente negativo, vão me desculpar. Alguma coisa está errada, não? Comente aí você também!
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