Sem LeBron, qual o futuro do Miami Heat?
Você leu aqui ontem que LeBron James decidiu sair de Miami para voltar para o Cleveland Cavs, né. Analisei a turma de Ohio, e agora é momento de falar como vão ficar os Heat sem o melhor jogador do planeta. Vamos lá.
1) Ninguém é maluco de dizer que o Miami sai vencedor dessa história. E ponto. Pat Riley tinha confiança que LeBron ficaria, o proprietário também, Dwyane Wade teria deixado mais de US$ 20 milhões na mesa para abrir espaço para James e seu contrato máximo e tudo mais. Há um baque óbvio, evidente e MUITO natural. Você não está perdendo um cara qualquer, que você consegue repor no mercado ou em um pick de Draft a qualquer momento. LBJ é um jogador único, no auge de sua forma física e técnica e que estava dominando a NBA nas últimas temporadas.
2) Como dizem os adeptos da auto-ajuda, "a dor é certa, mas o sofrimento é opcional" (ou é algo assim). O Miami tinha duas alternativas: lamentar, partir para uma reconstrução longa e árdua ou sair atirando de cara para mostrar que quer continuar sendo forte. Conhecendo Pat Riley como a gente conhece, ele escolheria a segunda opção, certo? Sim, e foi o que ele fez. Na noite de sexta-feira Riley renovou com Chris Bosh (pelo máximo, é verdade, mas renovou e deixou o recado que o Heat seguirá brigando lá em cima), encaminhou o acerto com Dwyane Wade e partiu feroz em cima de Luol Deng (o acerto não ficou próximo, mas as partes voltarão a conversar).
3) Além de Wade e Bosh, Riley já havia acertado com Josh McRoberts, útil jogador que estava no Charlotte, e com os restos mortais de Danny Granger. Não empolga muito, os salários foram altos (US$ 7 milhões/anos por McBob durante quatro temporadas é muita coisa), mas se forem peças para vir do banco pode ficar um caldo interessante. Some a eles o calouro Shabazz Napier (campeão por UConn) e o que poderia virar um vexame não fica tão feio assim.
4) Se tem alguém que tem uma oportunidade imensa nessa história toda é Erik Spoelstra. Considerado por mim um dos melhores técnicos da atualidade, ele ainda encontra resistência (muito mais aqui que lá nos Estados Unidos, diga-se). Sem LeBron, Spo poderá mostrar todo o seu valor ao montar um elenco menos talentoso e também menos dependente de uma estrela. Caso se saia bem dará uma resposta BEM interessante a todos que o criticam.
5) Por fim. Depois de tudo o que eu escrevi pode parecer que a turma da Flórida está mais forte que antes, né. Não, não é bem isso. O Heat brigará de novo pelos títulos do Leste e da NBA? Não creio (ainda). Mas playoff (principalmente no Leste) é bem palpável e dependendo do que o time consiga clarear de espaço em sua folha salarial para este ano o mercado de 2015 pode ser bem animador e contemplar o preenchimento de algumas fileiras que Pat Riley não conseguir contratar agora.
Perder LeBron (insisto) é péssimo, ruim demais, ninguém no Miami gostaria. É o fim do mundo? Perto disso pode até ser, mas há vida sem LBJ e o Heat tentará provar isso a partir da próxima temporada. Se vai conseguir ninguém é capaz de dizer (principalmente porque dependerá demais dos baleados joelhos de Dwyane Wade), mas eu não duvidaria de uma franquia com Chris Bosh, com o talentoso Napier (um dos pedidos de James a Riley na noite do Draft, diga-se de passagem), Spoelstra, Wade e Riley, não.
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