A chance do Cavs, de novo com a 1ª escolha do Draft
O Cleveland Cavaliers tinha 1,7% de chance de ficar com a primeira posição no Draft de 2014 (Draft, que é bom lembrar, está sendo aclamado como um dos melhores dos últimos tempos devido a sua turma de garotos talentosos). As bolinhas foram quicando, quicando e o mundo se surpreendeu quando a turma de Ohio parou no Top3. Julius Erving, representando o Sixers, não acreditava no que via, e acabou dando o que ninguém esperava: Cleveland com a primeira escolha (algo bem surreal), um começo e tanto para o novo gerente-geral David Griffin.
Antes de falarmos do Cleveland, vale uma olhada geral nas posições do Draft (aqui a lista completa). Não consigo falar tanto das escolhas, porque se há uma coisa que não faço é gato-mestrar (algo que é bem comum nestes tempos de escolhas na NBA, diga-se), mas chamam a atenção as posições de Lakers e Celtics. As duas tradicionais franquias fizeram de tudo para perder (e perderam) na temporada e não ficaram nem entre as cinco primeiros. Os angelinos vão escolher em sétimo. Os verdes, em sexto. Não é péssimo, proque os garotos são talentosos, mas não é uma maravilha, não.
Mas, bem, o que esperar dos Cavs? De 2003 pra cá já são 4 escolhas número 1 no Draft (LeBron James, Kyrie Irving, Anthony Bennett e a de 2014), duas seguidas e três de 2011 pra cá (e duas escolhas de número 4 também, o que não é pouca coisa). De sorte Dan Gilbert (foto à direita), o dono da franquia, não pode mesmo reclamar. A sorte, porém, nem sempre traz vitórias, sabemos.
Kyrie Irving é craque, vai brilhar na liga por muitos anos, mas tirando ele e LeBron James o Cleveland tem errado mais do que acertado. Um curso intensivo com o San Antonio Spurs para não errar a mão seria muito recomendável, viu (os Cavs ainda têm a 33ª, a terceira da segunda rodada).
Ontem fiquei matutando no que pode ser feito pelo Cavs. Em primeiro lugar, ter o número 1 do Draft é um baita atrativo para o Cleveland tentar cooptar LeBron James. Não será fácil, eu não acho que LBJ saia de Miami, mas ter um cargo vago de técnico, com alguém que o astro pudesse salivar, Irving e alguém forte vindo do colegial (ou do exterior são moedas interessantes. Mas não é tudo.
Nesta semana Kevin Love anunciou que não ficará no Minnesota depois da temporada 2014/2015 (a última de seu contrato). Craque de bola, Love NUNCA jogou uma partida de playoff e sabe que para ter seu nome adicionado às listas dos melhores é preciso… jogar entre os melhores. Daí fiquei pensando: e se o Cleveland, que não escolhe bem em Draft (está mais que provado), trocasse a sua primeira posição por Kevin Love (no famoso sign-and-trade)? Loucura? Insanidade? O ala-pivô tem apenas 25 anos, já é experiente e traria impacto imediato à franquia, algo que um calouro nem sempre consegue fazer. Não me parece algo tão irreal assim, não.
De todo modo, a chance de acertar apareceu – e é mais difícil ter a chance do que acertar em si, sabemos. O Cleveland tem até o dia 26 de junho, data do Draft, para pensar na vida e decidir o que quer fazer. Se for para a seleção dos jovens, é recomendável não errar mais. A torcida não aguenta mais perder tanto depois que LeBron James partiu e Kyrie Irving pode testar o mercado caso não fique muito satisfeito com os rumos da equipe.
Pior que isso: a fama de ter sorte e não competência faz muito mal a qualquer um, e um ser vaidoso e milionário como Dan Gilbert está longe de querer isso pra si.
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