Lillard leva Portland à semi do Oeste com bola salvadora - veja!
Juro pra vocês que eu estava pensando em escrever um post analisando este começo de pós-temporada de LaMarcus Aldridge, ala-pivô cracaço do Portland Trail Blazers. Mas eu seria insano se começasse qualquer post depois do que se viu ontem em Portland sem falar de Damian Lillard. E o motivo é este aqui abaixo. Pode ver mil vezes antes de continuar o texto, ok, está liberado (colocarei dois vídeos, o segundo com todos os ângulos do chute).
É isso mesmo que você viu. Com 0,9s no relógio Damian Lillard conseguiu sair da marcação de Chandler Parsons, que havia feito a cesta que seria a salvadora do Houston no ataque anterior, e matou a bola decisiva mais incrível deste playoff (junto com a de Vince Carter na semana passada). O Portland venceu o Rockets por 99-98, fechou a série por 4-2 (o duelo foi tão equilibrado que no total de pontos foi 672 x 670 pró-Blazers), avançou às semifinais do Oeste e ganhou seu primeiro confronto de mata-mata desde 2000 (sim, jejum de 14 anos). Tudo na semana em que o técnico do único título da franquia (1977), o genial Jack Ramsay, faleceu. O time agora espera o vencedor o vencedor de San Antonio Spurs e Dallas Mavericks, que jogam o sétimo jogo amanhã (mando de quadra da turma de Oregon caso os Mavs vençam).
Este é o tamanho do chute de Lillard na noite de ontem. O Portland divulgou depois da partida que, desde o arremesso de John Stockton contra o Houston em 1997 (clique aqui para rever), este foi o primeiro arremesso convertido (game-winner) que ganhou uma série de playoff (algo realmente incrível).
Eu ia escrever do Aldridge, que tem realmente jogado uma barbaridade neste começo de playoff (29,8 pontos e 11,2 rebotes), mas vai ficar pra depois. O que Lillard também tem feito, e fez ontem de lambuja, neste mata-mata é coisa para gente grande, muito grande.
Mas aí a gente lembra que o camisa 0 está em sua segunda temporada na NBA, em seu primeiro playoff (sim, é calouro no mata-mata) e se impressiona ainda mais por sua desenvoltura, por sua personalidade, pelo seu sangue frio. Lillard saiu da pequena Weber State (faculdade) como uma verdadeira obsessão do Portland, que o recrutou na sexta posição do Draft passado. Registrou 19 pontos e 6,5 assistências em seu ano de novato e chamou a atenção de todos.
Nesta temporada manteve os números (variaram muito pouco), mas ninguém tinha ideia de como seria sua performance nos playoffs, né. Mas aí você olha os números e se surpreende ainda mais com o rapaz de apenas 23 anos (faz 24 em julho). Para vocês terem uma ideia, nos jogos de pós-temporada quando o placar está com cinco ou menos pontos de diferença, o desempenho do armador do Portland está assim: em 36 minutos, 31 pontos, 9/19 nos arremessos (47,4%), 11/11 nos lances-livres e +12 no +/- (algo bem surreal).
Mais que isso. Lillard tem as médias de 25,6 pontos, 7,4 assistências e 6,4 rebotes por enquanto nos playoffs. De acordo com a NBA, apenas dois jogadores nos últimos 35 anos obtiveram médias superiores a 25 pontos, 5 rebotes e 5 assistências em seus primeiros cinco jogos de playoff. Michael Jordan e LeBron James. Ou seja: o baixinho do Blazers está em excelente companhia.
No final do jogo, na entrevista coletiva, Lillard disse: "Este é definitivamente o arremesso mais importante da minha carreira", acrescentando com um sorriso: "Por enquanto". Quem vai duvidar?
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