Sobre a volta de Phil Jackson à NBA - vai dar certo no Knicks?
A grande notícia da semana que passou no mundo do basquete foi a confirmação de Phil Jackson como presidente de operações do New York Knicks a partir da próxima temporada (assunto comentado por mim e Pedro Rodrigues no Podcast Bala na Cesta também). Aos 68 anos, o Mestre Zen, dono de 13 títulos da NBA (2 como jogador do próprio Knicks e outros 11 como treinador), retorna à liga e terá uma missão duríssima pela frente: recolocar uma das franquias mais tradicionais nos trilhos. Nesta terça-feira será realizada uma entrevista coletiva na Big Apple para formalizar tudo.
É, sem dúvida alguma, um desafio imenso para Phil Jackson, e não acho que ele aceitaria se não tivesse todas as cartas brancas do mundo para fazer, ou tentar fazer, o que bem entende com a franquia nos próximos anos (comenta-se que seu contrato tem o sensacional valor de US$ 12 milhões). A questão, agora, é: o que ele irá aprontar por lá? Algumas questões importantes:
1) Como disse lá no começo, Phil tem uma história linda com os Knicks. Foi jogador, bicampeão com a franquia (nos dois únicos troféus dos Knicks na NBA, diga-se de passagem) e treinador por um dos melhores de todos os tempos, Red Holzman. Ele não colocaria sua reputação, nem a de ser um dos melhores da história e nem de ídolo nova-iorquino, se não tivesse alguma certeza que pode dar certo. E o cara entende de basquete, né.
2) Parece-me claro que uma peça importante no quebra-cabeça que PJ terá que montar no Knicks se chama Carmelo Anthony. Se o camisa 7 ficar na Big Apple, Jackson poderá tentar montar, de cara, um time para tentar ser campeão. Se ele não ficar, partir para a famosa e dolorida reconstrução pode ser um caminho. Até junho não teremos uma resposta muito concreta a respeito do tema.
3) Parece-me claro, também, que Mike Woodson está longe de ser o técnico que tenha o estilo que Phil Jackson goste. O atual treinador do Knicks é bom, fez um ótimo trabalho na temporada passada, já disse que gostaria de permanecer, mas a imprensa dos EUA já especula que Brian Shaw e Steve Kerr podem pintar em Nova Iorque como técnicos. Ambos foram jogadores do Mestre Zen e sabem bem da filosofia que ele gosta de aplicar em seus times.
4) Outro ponto que Phil Jackson terá que resolver rapidinho: o que fazer com o bizarro contrato de Amare Stoudemire? O ala-pivô ganhará mais de uS$ 23 milhões na próxima temporada. Se os Knicks partirem para a reconstrução, podem tentar despachar Amare para alguma franquia abaixo do teto salarial. Mas não será fácil, não. Se quiserem incluir por aqui também os de Andrea Bargnani (US$ 14MM), JR Smith (US$ 6MM) e até mesmo o do útil Tyson Chandler (US$ 12MM), tudo bem.
Talvez não seja a melhor maneira de terminar um post (desculpe se o fiz chegar até aqui com este final), mas o melhor a se fazer neste momento é, mesmo, esperar um pouco os seus primeiros passos. Pode ser bobo dizer isso, mas Phil Jackson é um novato na função que irá assumir (presidente de operações) e deverá passar por um período de adaptação até começar a dar algum resultado aos Knicks (se é que vai dar).
É ótimo ter Phil Jackson de volta à NBA. É o melhor técnico da história da liga (junto com Red Auerbach – calma, torcedor do Celtics), uma figura que sempre rende histórias maravilhosas e uma das mentes mais sábias do basquete. Se ele vai dar certo é impossível saber. O melhor, no momento, é começar a aproveitar o retorno do Mestre Zen.
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