Com contrato no Suns, o que esperar de Leandrinho?
A essa altura do campeonato você, leitor atento, já deve estar sabendo que Leandrinho conseguiu o seu sonhado contrato com o Phoenix Suns após dois temporários (de 10 dias). Se não sabe, clique aqui e leia a matéria do UOL a respeito.
É, sem dúvida, algo que deve ser comemorado – e muito. Leandrinho teve uma lesão grave na temporada passada, passou por uma cirurgia, se recuperou no Brasil, jogou o NBB pelo Pinheiros para ganhar ritmo de jogo, teve que provar ao Phoenix e a si mesmo através de dois contratos de 10 dias que estava, sim, apto a voltar ao melhor basquete do mundo e recebeu a recompensa que tanto queria. A questão, agora, é tentar projetar os próximos passos do brasileiro por lá.
O objetivo dele, obviamente, tem que ser conseguir, o quanto antes, um contrato para a próxima temporada. Mas isso está longe de ser fácil. De todo modo, seu desempenho é bem bom, bem acima do que muita gente esperava. Para quem estava há quase 1 ano longe da NBA, é ainda mais impressionante.
O ala-armador, já entre os 15 melhores em infiltrações da liga (5,3 dos 8,7 pontos dele sabem nos famosos drives em direção a cesta, com aproveitamento de mais de 60% nas bandejas), tem aproveitamento bem ruim nas bolas de 3 pontos (16,7% ou 2/12), mas seu jogo mudou bastante em relação ao rapaz que aproveitava as investidas de Steve Nash anos atrás se posicionando no córner para matar de fora e que dependia quase que exclusivamente dos arremessos para brilhar.
Agora Leandrinho, 21,5 minutos/jogo desde que chegou ao Arizona, parece mais completo, mais maduro, mais preparado para encarar o jogo aliando sua absurda velocidade de pernas a um raciocínio também rápido. Nesta temporada ele fica mais tempo com a bola nas mãos (9 de suas assistências foram para atiradores na linha dos três pontos), chuta quase três vezes menos de fora (3,5/jogo na carreira x 1,3 neste campeonato), pensa mais o jogo (o que é ótimo), erra menos (apenas 0,9, sua melhor marca da carreira) e consegue trazer bons resultados para seu time (com ele em quadra, o Suns tem um +/- de +13,5, segunda melhor marca do time).
Está mais do que claro que Leandrinho pode pertencer à elite do basquete mundial. Tem bola e ainda bastante físico pra isso. Tornou-se útil a uma rotação frenética, como é a do Phoenix, e será bastante importante para o time, bem jovem e por vezes se perdendo durante as partidas (tipo a contra o Cleveland, com primeiro tempo desastroso e segunda etapa magnífica), conseguir uma improvável-porém-viável (26-18) classificação para os playoffs. Caso mantenha o bom nível, ganhará os minutos de Ish Smith quando Eric Bledsoe voltar e terá ótimas chances de também ficar perto de um novo contrato para a temporada 2014/2015.
O momento é de se comemorar, sem dúvida, mas mantendo o pé no chão (como ele tem mantido) e olhando lá na frente. Ser um agente-livre a cada final de temporada está longe de ser confortável. E Leandrinho (insisto nisso) ainda tem potencial para ficar na NBA sem sofrer tanto. Nas duas últimas temporadas ele não fez pré-temporada com uma franquia da liga. Que na próxima ele treine com seu time desde o começo.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.