Na NBA, lesões, lesões e mais lesões
Este não é um texto animador para ser o primeiro do ano de 2014. Mas é difícil não passar por este assunto. No final de 2013, Russell Westbrook (foto à direita) sentiu dores no joelho direito que vinha de duas operações e o Oklahoma não teve dúvidas: mandou o armador pra nova cirurgia para que ele consiga se recuperar a tempo para os playoffs desta temporada (ele deve voltar em março, pouco antes do mata-mata).
No último dia do ano passado foi a vez de Al Horford. Melhor jogador do surpreendente Atlanta Hawks (18-14) com 18,6 pontos e 8,4 rebotes, o dominicano ficará de fora do restante da temporada devido a lesão no músculo peitoral direito. Antes dele, o pobre Nets perdera Brook Lopez devido a uma contusão no pé.
Esta tem sido uma grande tendência nesta temporada 2013/2014 da NBA. Kobe Bryant (foto à esquerda) começou o campeonato machucado, jogou algumas partidas e voltou a se lesionar (volta em fevereiro). Derrick Rose a mesmíssima coisa (estava machucado, atuou e se machucou de novo – deve voltar só para 2014/2015). Steve Nash nem sabe se volta. Deron Williams, Paul Pierce, Andrei Kirilenko, Steve Blake, Luol Deng, Danny Granger, Tyson Chandler e uma pancada de jogadores que se for listar aqui não termino o post até dezembro de 2014…
Parece ser uma tendência desta e das últimas temporadas da NBA, e os times terão que aprender a conviver com isso. Longe de mim, daqui do Brasil, querer ensinar os norte-americanos, donos da melhor liga de basquete do mundo há mais de meio século, algo sobre calendário ou algo assim, mas para mim é bem claro que 82 jogos em uma fase regular de cinco meses é um absurdo, um disparate (eu faria com 60, sei lá).
O jogo mudou, está mais intenso, mais físico, mais pegado, mais recheado de contato e com isso as lesões vêm com uma frequência maior, mais assustadora – e de forma mais grave. A melhor liga de basquete não deve rever isso tão cedo, pois ainda não há grita a respeito do assunto, e enquanto isso não acontecer ela não poderá reclamar de quatro coisas: 1) Quando técnicos, como fez Gregg Popovich na temporada passada, pouparem seus atletas para evitar desgaste e/ou lesões; 2) Quando as maiores estrelas do certame se machucarem com gravidade e de forma seguida; 3) Quando, na fase mais bacana do campeonato, os playoffs, os maiores craques não estiverem em quadra devido à extenuante fase regular; e 4) Quando nem sempre o melhor, mas sim o mais saudável, time ganhar o troféu de campeão.
Não é uma situação fácil de resolver, pois envolve principalmente grana, muita grana e é assim que a cabeça de David Stern, comissário geral da liga na foto à direita, pensa (e foi assim que ele transformou um produto capenga em um dos melhores do planeta, diga-se de passagem). Times muitas vezes em quadra trazem consigo maior exposição para patrocinadores que pagam cada vez mais, maior venda de ingressos (a média da temporada está em 16,5 mil pessoas/jogo, muita coisa), maios venda de produtos nas arenas e muito mais. Mas é uma equação que, para mim, merecia ser discutida. O prejuízo técnico, ao menos nesta temporada, tem sido terrível.
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