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Bala na Cesta

Invicta, Americana é campeã Paulista

Fábio Balassiano

25/11/2013 15h20

americana1Não houve surpresa na (quase invisível) final do Paulista Feminino de basquete (infelizmente a ESPN, dona dos direitos de transmissão, não exibiu as partidas). Americana entrou com campanha invicta de 13 jogos, venceu os três da decisão contra São José (o último ontem, fora de casa por 76-63), fechou o confronto em 3-0 e conquistou o quinto título estadual de sua história com 18 partidas vencidas em igual número de disputadas (antes fora campeã em 2001, 2003, 2010 e 2012). Não há, portanto, o que se contestar, por aqui.

É fundamental valorizar o trabalho feito por São José, que tem investido pesado no basquete feminino de uns tempos pra cá, e sobretudo parabenizar Americana, certamente o polo mais importante para as meninas da modalidade. Quem já foi até lá, quem já pisou no Centro Cívico conhece a seriedade do trabalho e a atenção que não só os técnicos, mas a cidade como um todo, dispensam às meninas.

vendra1Outro ponto importante: que maneira de recomeçar a carreira de técnico, hein, Antonio Carlos Vendramini (foto à direita). O veterano treinador encontrou o time depois da perda dos Jogos Abertos do Interior, colocou seu trabalho e já colhe seu primeiro resultado. Vendra, como é chamado, é um dos melhores treinadores do país e certamente terá muito a acrescentar a este time de Americana na Liga de Basquete Feminino que começa no fim deste mês.

Meu único ponto de preocupação vai de novo para o nível técnico. Quase ninguém viu nada, mas do pouco que eu vi não gostei, não. Os fundamentos (os mais básicos – passes, arremessos, dribles, rebotes) estão terríveis, terríveis mesmo. Com isso, as partidas ficam feias, mal jogadas, duras de assistir até para quem, como eu, ama o basquete feminino.

Não é à toa que apenas UMA das 15 partidas da semifinal em diante teve algum dos times marcando mais de 80 pontos (foi justamente Americana contra Ourinhos). O recado é claro: os times estão amassando o aro, maltratando a bola, jogando absurdamente rápido e sem pensar. Nos três jogos das finais, onde deveria se ver o melhor basquete, houve 25,8% de acerto nas bolas de três pontos, 34 erros por partida (fundamentos, fundamentos, fundamentos) e média de 63,8 pontos por equipe (baixíssimo índice).

Ficam os parabéns para Americana, Vendramini e para as meninas de São José, mas ao mesmo tempo outro sinal de alerta de que o basquete feminino precisa repensar sua forma de atuar, sua forma de jogar.

 

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