Pinheiros bate Flamengo na estreia de Leandrinho

Não foi um bom jogo. Longe, longe disso. Os vícios (eternos?) do basquete brasileiro (insistência em bolas de três que não caem, oscilações absurdas, falta de intensidade defensiva, poucas opções de jogadas no ataque, quase nenhuma troca de passes para cansar as marcações…) apareceram, mas era uma tarde de festa (tanto que o ginásio do Pinheiros recebeu ótimo público). Festa para Leandrinho, que voltou a jogar uma partida de NBB depois de dois anos.

Voltando de lesão no ligamento cruzado anterior do joelho, o ala-armador, que fez a sua estreia pelo Pinheiros, saiu-se com 16 pontos em 28 minutos e viu seu time bater o Flamengo, sua ex-equipe, por 74-62. O resultado tirou a invencibilidade rubro-negra na competição (agora 3-1) e levou o Pinheiros a terceira vitória consecutiva no campeonato (agora 3-1, e é bom lembrar que a única derrota dos comandados de Cláudio Mortari veio quando o time Sub-22 entrou em quadra devido ao conflito de datas).

Sobre o Flamengo, confesso que fiquei um pouco decepcionado com o que vi (embora os desfalques de Benite, Marquinhos e Marcelinho sejam sentidos). Contra Brasília, na estreia, o time jogou muitíssimo bem, mas o nível não se manteve alto nem contra Goiânia, nem contra Palmeiras (quinta-feira) e muito menos neste sábado contra o Pinheiros. Nicólas Laprovittola é um grande jogador, mas tirando seu talento e um pouco de Olivinha faltou paciência para rodar a bola no ataque, melhor jogo com os pivôs e (principalmente) uma defesa mais atuante, mais firme, menos passiva. A temporada está apenas começando, mas o nível apresentado pelo Flamengo até agora não é bom, não – e vocês sem dúvida alguma podem argumentar com razão que ninguém tem praticado bom basquete por aqui, e eu não poderei argumentar nada de diferente.

A respeito de Leandrinho, que acabou entrando no quinteto titular no lugar de Jonathan Tavernari (Joe Smith foi de armador mesmo), prefiro esperar um pouco mais para ver realmente em que condição ele está visando o restante da temporada (ele sentiu câimbra no final). Em uma primeira análise, eu gostei muito do que vi. A sua explosão tão conhecida esteve lá, seu poder nas infiltrações também, mas obviamente o jogador que completa 31 anos nesta semana cansou um pouco no meio para o final da peleja, o que é natural devido ao longo tempo de inatividade. Mas, ei, se totalmente sem ritmo ele foi capaz de fazer 16 pontos em 28 minutos, imagine quando ele estiver em ótima forma física…

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