Nenê guia recuperação do Wizards
Na semana passada (13/11), após derrota para o San Antonio Spurs por 92-79 no Texas, Nenê não aguentou e desabafou: "Eles nos deram uma aula. Chutaram o nosso traseiro e mostraram como deve ser jogado o basquete. Coletivamente, de forma agressiva, com jogadas coordenadas. Todos lá do outro lado sabem o que deve ser feito e nos mostraram como se joga o verdadeiro jogo. É uma lição e espero que nosso time aprenda". Foi uma declaração forte, pois o ala-pivô sabia que o time, apontado como uma das possíveis surpresas para a temporada, estava jogando muito abaixo do que realmente poderia e sofrera a terceira derrota consecutiva.
John Wall, armador e uma das estrelas do time, não gostou muito (falou, com certa dose de razão, que este tipo de declaração deve ser dada apenas dentro do vestiário), mas o fato é que o Washington melhorou demais depois da bronca do brasileiro. E melhorou muito por causa do desempenho dele, Nenê, que mostrou um aspecto de liderança, de chamar a responsabilidade que até então não havia aflorado na NBA.
Três noites depois, contra o Cleveland, na capital, Nenê teve 24 pontos e sete rebotes, mas a vitória escapou na prorrogação. No dia 19, contra o Minnesota, os 20 pontos, 5 rebotes e 4 assistências vieram com o triunfo diante de um difícil rival. Na quarta-feira, contra o mesmo Cavs, em Ohio, Nenê abusou: 24 pontos, 8 rebotes, 6 assistências e a vitória que, se não coloca o Wizards com boa campanha, ao menos aponta um caminho de crescimento (4-7) para a franquia que agora conta com o brasileiro e Marcin Gortat no garrafão.
Ainda é certo, Nenê perdeu dois jogos do time na temporada, mas até agora ele tem a melhor média de pontos de sua carreira (15,8), 57% no aproveitamento de arremessos (10,2 por jogo, um dos maiores de sua carreira) e parece pronto para guiar o Washington Wizards para vôos realmente maiores (ir aos playoffs, por exemplo). Hoje o Washington joga contra o Toronto, no Canadá, e se quiser continuar sonhando em voltar a pós-temporada é bom seguir vencendo.
Nenê nunca havia conseguido três jogos seguidos com 20 ou mais pontos em sua carreira na NBA. Conseguiu e mostrou aos seus companheiros que depois da bronca coletiva assumiria a bronca de demonstrar, na prática, o que ele queria que fosse feito. Merece muito, muito crédito por isso.
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