Com Leandrinho, outra chance de promover o produto NBB
(Lá vamos nós de novo para um tema tão discutido neste espaço)
O assunto mais comentado no basquete brasileiro essa semana foi, sem dúvida alguma, a contratação de Leandrinho (foto à direita) por parte do Pinheiros. Comentei isso aqui ontem e também na terça-feira, e a repercussão foi realmente incrível, grande mesmo (sites de todo mundo abordaram o tema). Não conversei, desde então, com ninguém do clube, mas obviamente todos por lá devem estar empolgados e (espero) planejando ações para ajudar a encher o ginásio, trazer novos meninos para as categorias de base e novas linhas de receita usando a (forte) imagem do atleta.
Mas há algo além disso. Há cerca de dez dias escrevi aqui sobre uma imensa oportunidade que a Liga Nacional perdeu quando da estreia da sexta edição do NBB. A divulgação foi pequena, nenhuma ação de comunicação foi feita e pouca gente sabia que a competição estava pra começar. Mas a sorte bateu na porta da turma da Liga Nacional de Basquete.
A sorte chama-se Leandro Matheus Barbosa, tem 30 anos (quase 31) e no currículo traz "só" o prêmio de melhor reserva da NBA de seis temporadas atrás (acho que as pessoas não lembram, mas na temporada 2006-2007 Leandrinho teve a espetacular média de 18,1 pontos e 4 assistências), relevância internacional, peso e uma absurda capacidade técnica. Se precisava de mais alguma coisa para "vender" melhor o produto NBB, a Liga Nacional não precisa, agora, de mais nada.
Ao contrário de dois anos atrás, quando jogou os seis primeiros jogos pelo Flamengo e todos sabiam que havia um prazo de validade para a sua saída (quando o locaute acabasse ele automaticamente teria que se despedir do rubro-negro), desta vez ninguém pode garantir que Leandrinho não terminará o NBB pelo Pinheiros (o mercado da NBA vai voltar a esquentar mesmo lá pra fevereiro/2014). E isso abre uma imensa oportunidade para a LNB trabalhar não só a imagem do atleta (algo que ela precisará fazer além de releases e posts no Facebook, obviamente), mas principalmente a relevância da competição.
Competição que, é bom dizer, não possui um patrocinador grande até agora e que até agora não está na "boca do povo", para usar uma expressão popular. Com Leandrinho, a Liga Nacional tem um produto melhor, um "garoto-propaganda" forte e uma credibilidade bacana pra vender. É hora, portanto, de planejar e (sobretudo) executar algo grande, algo marcante, algo que realmente leve torcedores para os ginásios, traga público para a frente da televisão (Pinheiros x Flamengo, na estreia do ala, com transmissão da Globo no sábado seria bacana demais…) e que gere receitas para uma entidade que ainda vive sem tanta margem financeira assim.
Sem grana, obviamente, nenhuma ação relevante de comunicação será feita. Para ter grana, a Liga precisa de um patrocinador forte. E para conseguir um patrocinador a LNB precisa vender melhor seu produto. Produto que agora conta com Leandrinho como principal peça.
Que os dirigentes da Liga não percam mais essa oportunidade, mais essa chance. Pode ser que outras desta magnitude não cheguem tão cedo por aqui.
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