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Bala na Cesta

A análise sobre a ida de Leandrinho pro Pinheiros

Fábio Balassiano

20/11/2013 09h00

leandro1Como você viu aqui ontem à noite, Leandrinho Barbosa é o novo reforço do Pinheiros. Ele jogará pelo clube paulista o NBB (provavelmente a partir desta semana – a partir do jogo contra Macaé, na quinta-feira, ou diante do Flamengo, seu ex-time, no sábado). Há algumas maneiras de analisar a situação. Vamos lá:

1) É meio óbvio que para o basquete brasileiro, de um modo geral, e para o NBB, em particular, é uma notícia espetacular. Leandrinho é conhecido, atrai torcedores, é um nome fortíssimo e um jogador absurdamente talentoso. Se a Liga Nacional precisava de alguma coisa para enfim começar a promover o campeonato como deveria, está aí a grandíssima oportunidade. Que ela não pense em perder a chance.

2) Para o Pinheiros, é um grande negócio também. O time, que já é forte, sobe um degrau na escala de favoritos do NBB e se coloca entre os maiores postulantes ao título da competição ao lado de Flamengo e Brasília. O time ganha em técnica na ala e na armação, em experiência, em poder de fogo, em velocidade e sobretudo em respeito dos adversários. Não sei se eu gostaria de enfrentar um rival com Shamell e Leandrinho jogando no perímetro, não. A dúvida, agora, é saber como o técnico Cláudio Mortari armará a equipe – se com Leandrinho de armador (1) ou de ala-armador (2). Se for com a primeira opção, jogará com Barbosa, Shamell, Tavernari, Rafael Mineiro e Morro. Na segunda situação, com Paulinho, Barbosa, Shamell, Mineiro e Morro. O que eu faria? A primeira opção, sem dúvida alguma – um time mais alto e com boas opções de defesa, com Tavernari fora do garrafão principalmente. E seria até melhor para Leandrinho, que, voltando de lesão, pode dosar o ritmo de acordo com o que for melhor para si também. Se ele precisar sair, quando chamado para a NBA, será antes dos playoffs, com tempo para a equipe se arrumar novamente sem ele.

Leandro Barbosa3) Para Leandrinho, considero o melhor dos mundos. Ele precisa jogar depois de sua grave lesão no joelho para mostrar que está pronto para voltar à NBA (seu sonho, que isso fique claro). Em termos técnicos, que ninguém tenha dúvida: ele sobra por aqui (sobra muito, muito mesmo). Quando ainda jogava em Bauru, há uma década, tinha média de quase 30 pontos por jogo (e não tinha 22, 23 anos). Há duas temporadas atrás, treinando antes do fim do locaute da NBA marcou 19 pontos de média em seis jogos pelo Flamengo – e atuando bem longe de sua melhor forma física. Caso tenha um interessado na liga norte-americana, pois muito bem. Caso não, será a principal estrela do basquete brasileiro e poderá recuperar parte de seu prestígio em solo brasileiro do meio para o final de sua excelente carreira (perto dos 31 anos, ele já foi o melhor reserva da principal liga do planeta anos atrás). Já se foi o tempo em que atuar no Brasil era terrível. Não é, não é mesmo. O NBB é um campeonato bom, servirá para ele pegar ritmo e, caso algum time da NBA apareça, chegar lá em perfeitas condições físicas e técnicas.

Concorda com minha análise? O que esperar de Leandrinho, do Pinheiros e do NBB com a chegada dele? Comente!

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