Bom começo anima o Portland na NBA
Tá aí um duelo interessante logo mais em Oregon (será 1h de quinta-feira – bem 'logo mais', portanto). Com campanhas idênticas (5-2), o mandante Portland Trail Blazers recebe o (altamente) surpreendente Phoenix Suns, time do novato técnico Jeff Hornacek que muitos apontavam como grandíssimo favorito a ser a pior campanha da temporada. Sobre os Suns falarei depois, prometo, porque este texto é sobre o Portland mesmo.
Desde a temporada passada eu achava o time muito talentoso, mas obviamente faltava banco de reservas e um pouco mais de cabelo branco para a rapaziada. O banco de reservas continua faltando neste campeonato que começou não tem um mês (é o terceiro que menos pontua, com 13,5, em que pese a chegada do bom Mo Williams), mas a maturidade está chegando cada vez mais para um elenco absurdamente talentoso.
LaMarcus Aldridge (foto à direita) é certamente um dos melhores e mais subestimados alas-pivôs da NBA há alguns anos. Com 22,6 pontos e 8,3 rebotes por noite, ele agora conta com a companhia do recém-chegado Robin Lopez no pivô, o que faz com que Aldridge não tenha que ser deslocado para a posição 5 quase nunca (Joel Freeland é o reserva de Lopez). Bom para seu físico, que não precisa trombar com gigantes perto da cesta, e para seu jogo de técnica refinada, que combina mais com chutes de média distância do que com ganchos ou enterradas. Nas alas, o versátil francêes Nicolas Batum (12,9 pontos, 7,1 rebotes e 6,1 assistências – gosto muito dele!) e Wesley Matthews (15,9 pontos) têm dado conta do recado cada vez mais.
Mas é na armação que Aldridge encontra um cara tão genial quanto ele. Calouro do ano na temporada passada, Damian Lillard (foto à esquerda) tem arremessado mal (39%), pontuado bastante (21,1), mas está cada vez mais confiante para comandar as ações ofensivas da equipe (diminuiu suas assistências de 6,5 para 5,4, mas também reduziu os erros de 3 para 1,9 – o índice de assistência/erro fica em ótimos 2,9), tornando-se peça fundamental no esquema da equipe para este campeonato e para o futuro da franquia. Nota-se no camisa 0 uma força física maior e uma capacidade de iniciar as jogadas mais rápido, tornando o ataque dos Blazers menos previsível e dependente dele – o que é ótimo!
Não sei bem dizer quão longe irá o Portland (o elenco, insisto, continua pouco balanceado, diminuto e com poucas peças que realmente chamem a atenção no banco de reservas), mas é bem bacana ver os caras jogar. O time joga solto (104,1 pontos por noite), o ataque flui (mesmo sem correr tanto – 11,3 pontos em contra-ataque) e a qualidade dos passes é muito alta (apenas 14 erros por partida). Uma vaga no playoff é um objetivo altamente alcançável.
Será que os Blazers chegam lá? Comente!
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