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Bala na Cesta

Único invicto na pré-temporada, Chicago está pronto pra desafiar o Miami

Fábio Balassiano

28/10/2013 11h30

Via de regra, pré-temporada não vale de muita coisa, mas para o Chicago Bulls a deste ano tinha um valor especial, sim. Foi nela que Derrick Rose (foto à direita) voltou depois de mais de um ano parado e mostrou estar totalmente recuperado (médias de 20,7 pontos, cinco assistências e 47,6% nos arremessos). Curiosamente, o único amistoso que Rose não atuou foi justamente o daqui do Rio de Janeiro contra o Washington.

Valia, também, para dar confiança a um time que terminou a temporada passada com gosto de "quero mais" e totalmente destroçado em termos psicológicos. Além de ouvir dia sim, outro também, perguntas sobre a volta de Derrick Rose, os jogadores do Chicago sofreram com lesões, doenças, atleta vomitando no banco (Nate Robinson) e mesmo assim conseguiram competir, fazer jogos duros contra o Miami Heat na semifinal do Leste. Os Bulls abriram 1-0, mas depois não aguentaram o tranco. Todos ali sabiam, evidentemente, que em condições normais e completos poderiam ao menos empurrar a série para mais dos cinco jogos que rolaram – para dizer o mínimo.

E é justamente na palavra "saudável" que Tom Thibodeau (amanhã entrevista completa e exclusiva com ele por aqui – foto à esquerda) confia para levar o Chicago Bulls novamente para a final do Leste – e quem sabe da NBA também.

O time, o terceiro mais caro da NBA (folha de US$ 82 milhões, muito mais do que os US$58 mi permitidos), é basicamente o mesmo, reforçou-se apenas com o calouro Tony Snell e Mike Dunleavy (se suas bolas de três caírem será ótimo pra franquia), mas agora as opções parecem mais claras por parte de Thibs. Derrick Rose é, obviamente, o armador titular, Jimmy Butler assumiu a ala ao lado de Luol Deng, e Carlos Boozer e Joakim Noah continuam como donos do garrafão. Ex-titular, Kirk Hinrich (releia papo que tive com ele) será o responsável por comandar o banco ao lado de Dunleavy, Taj Gibson e Nazr Mohammed em um elenco com boas opções, ótimo potencial físico e aparentemente consciente de que, individualmente, é pior do que o do Miami Heat. Daí a necessidade de "comprar" e executar o discurso coletivo, altruísta e defensivo de seu treinador.

Para mim, está claro que, tal qual na temporada passada, ainda falta opção para tiros longos e para revezar com Luol Deng (o cara que mais jogou na temporada passada precisará de descanso nesta), mas não há dúvidas que o elenco é fortíssimo e que o time pode ir bem, bem longe. Quão longe é que ninguém pode garantir ainda. Depende muito da condição física de Derrick Rose, de como estará a cabeça de Deng, cujo contrato termina ao final deste campeonato, e se a defesa, marca maior de Thibs, continuará em dia.

E quem será o adversário do Chicago justamente na estreia da NBA? O Miami Heat, que fará a sua festa de entrega dos anéis de campeão. O jogo começa às 22h, terá transmissão do Space e melhor desafio para começar a temporada não sei se poderia haver. Com Derrick Rose, os Bulls vêm fortíssimos para a temporada e estão prontos para desafiar os bicampeões da liga. É impossível prever se conseguirão batê-los, mas que estão prontos me parece bem claro.

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