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Bala na Cesta

Anthony Davis brilha, e Pelicans estão invictos na pré-temporada da NBA

Fábio Balassiano

20/10/2013 09h08

É pré-temporada, os resultados não devem ser levados em consideração, mas estamos falando do New Orleans Pelicans, talvez o time que mais tenha se movimentado para o campeonato que começa em 10 dias. São seis jogos, seis vitórias (a última ontem, 93-89, contra o Washington, que contou com a volta de Nenê) e seis jogadores pontuando em dígitos duplos (inclusive Eric Gordon, que mal jogou em 2012/2013, e Jrue Holiday, trazido do Sixers).

Mas o grande destaque vai mesmo para Anthony Davis. Número 1 do Draft e dono das respeitáveis médias de 13,5 pontos e 8,2 rebotes na temporada passada, o Monocelha (como é conhecido) acabou meio ofuscado por algumas lesões (perdeu 18 partidas) e pela explosão de Damian Lillard, espetacular armador do Portland (eleito o calouro do ano com 19 pontos, 6,5 assistências e 3,2 rebotes em todos os 82 jogos da temporada passada).

Para esta temporada (ou pré-temporada, ainda) Davis aparece bem mais forte e apresenta alguns "golpes" no ataque (bom arremesso de média distância e ótimo jogo de costas para a cesta) que até então não tinham aparecido. Pelo que li, o cara trabalhou duro por conta própria e frequentou mais clínicas para pivôs do que deveria, o que foi elogiado pelo seu técnico, o exigente Monty Williams. Ontem contra o Wizards o ala-pivô anotou 16 pontos, 2 tocos e 5 rebotes no seu retorno a Kentucky (de onde saiu para a NBA). Em seis jogos amistosos preparatórios para o campeonato 2013/2014, o ala que só completa 21 anos em março de 2014 tem sensacionais 22 pontos, 6,3 rebotes, 2,2 tocos e 53,8% nos arremessos de quadra em 28,3 minutos por partida.

Quarta-feira, no penúltimo teste antes da temporada começar pra valer, o desafio é contra o Miami, atual campeão. Não sei se dá pra medir alguma coisa, mas Anthony Davis, a grande esperança para dias melhores na franquia, tem jogado muita bola, a dupla de armadores tem funcionado muito bem, Ryan Anderson parece mais confortável em sair do banco para anotar suas cestas de três pontos (duas por jogo e a média de 13,8 pontos) e demais reservas têm ido bem também (o armador Brian Roberts e o inconstante Anthony Morrow, por exemplo).

Pensar em playoff pode ser loucura, pode ser demasiado, mas parece bem claro que este elenco pode brigar para superar de longe as 27 vitórias obtidas na temporada passada.

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