Russell Westbrook perderá primeiro mês da NBA - e como fica o Thunder?

A notícia pegou todo mundo de surpresa ontem. Russell Westbrook, que havia se lesionado no meio do playoff da temporada passada (reveja o lance aqui), operou o menisco em 27 de abril e esperava voltar no começo do campeonato que se inicia em menos de um mês. Era o esperado, e ninguém realmente cogitava o contrário. Mas nesta terça-feira o Oklahoma City Thunder anunciou que seu armador passou por nova cirurgia, desta vez uma artroscopia no mesmo joelho direito para corrigir uma imperfeição do processo cirúrgico anterior.

O tempo para a volta do camisa 0 do Thunder é entre 4 e 6 semanas, e a pergunta que fica, agora, é: como reagirá o Oklahoma sem o cara que arma o jogo do time (arma do jeito dele, mas arma) e é a segunda principal opção ofensiva da equipe? De acordo com o calendário, pelo que analisei, Westbrook pode ficar de fora de 14 a 18 jogos, deixando a batuta da pontuação quase que toda nas costas de Kevin Durant, que completou 25 anos no domingo. No campeonato passado, West, que nunca havia perdido sequer uma partida da NBA (era um Homem de Ferro mesmo), teve 23,2 pontos e 7,4 assistências, entrando no seleto grupo de seis atletas que conseguiram 7.500 pontos e 2.500 assistências em seus primeiros cinco anos da liga.

Não parece muito, porque a temporada tem 82 partidas, mas se a gente pensar que a briga no Oeste vai ser selvagem pelas primeiras colocações (Spurs, Oklahoma, Clippers e Houston Rockets) o Thunder pode acabar sofrendo demais lá na frente, lá nos playoffs, onde o mando de quadra acaba por representar muita coisa. Para vocês terem ideia do que a ausência dele significou no playoff passado, o time tinha uma margem positiva de 16 pontos com ele em quadra, e de -2 quando o armador saiu de cena – isso sem falar no controle de jogo nas mãos de Kevin Durant, que teve que arremessar 34% a mais sem seu fiel escudeiro ao lado.

Se pensarmos que a franquia, preocupada em segurar as pontas financeiramente, optou por não trazer ninguém para a vaga de Kevin Martin, que, por sua vez, chegou para ocupar o espaço de James Harden (comandando o banco de reservas), a situação do Thunder pode se agravar ainda mais (Sam Presti, gerente-geral, optou por não trazer nenhum reforço de peso, mas sim em dar espaço para os jovens Jeremy Lamb e Reggie Jackson).

Não acho que o Oklahoma corre risco de playoff (não mesmo), mas para ficar em primeiro ou até segundo do Oeste na temporada regular pode ser que a ausência de Westbrook seja muito sentida (acho que será mesmo). Concorda comigo? Comente!