Topo

Bala na Cesta

FIBA divulga critérios para convite do Mundial Masculino de 2014

Fábio Balassiano

27/09/2013 00h55

A FIBA divulgou ontem, de forma oficial em seu site, quais critérios serão levados em consideração por ela, Federação Internacional, na hora de dar cada um dos quatro convites para o Mundial de 2014 que será disputado na Espanha. Antes dos aspectos vale a pena ficar ligado nas datas e em um trecho que diz o seguinte: "as Confederações Nacionais que desejem os convites poderão fazer doações financeiras". Ou seja, se quiser jogar na Espanha vai ter que pagar (ou, como diz aquele personagem do Tropa de Elite, "se quer rir, tem que fazer rir").

A entidade máxima do basquete mundial poderá encolher a lista dos candidatos aos convites no encontro que acontecerá na Argentina entre 23 e 24 de novembro, deixando o grupo dos países que poderão sonhar com o Mundial menor. A decisão final sairá entre 1 e 2 de fevereiro de 2014, dias antes do sorteio das chaves da competição em 3 de fevereiro em Barcelona. Agora vamos aos critérios:

Aspectos esportivos e de Promoção
Popularidade do basquete no país; Qualidade e os resultados esportivos da seleção do país; O fato de ter sediado ou tentado sediar eventos da FIBA; O impacto da participação no Mundial no desenvolvimento do basquete no país; e O compromisso de que os principais jogadores do país disputem o Mundial.

Minha Análise: o Brasil não organiza um campeonato da FIBA em âmbito mundial desde 2006, quando o Mundial Feminino em São Paulo foi um fiasco (Olimpíada de 2016 não é um evento de basquete, logo…). A popularidade da modalidade do país está baixíssima há anos. Já o compromisso dos principais joguem o Mundial eu não sei se é possível garantir. Aqui o Brasil está mal.

Aspectos econômicos
O envolvimento da televisão local e do setor corporativo em competições de basquete locais e internacionais; A importância do país no mercado das parceiras comerciais da FIBA; e A importância do país para os organizadores do Mundial.

Minha análise: Aqui o Brasil leva grandíssima vantagem. É um mercado de 200 milhões de pessoas em potencial, com economia forte e possibilidade de transmissão em TV a Cabo por diferentes canais. Aqui o Brasil passa com louvor.

Aspectos governamentais
Comprometimento com o Regimento Interno e o Estatuto Geral da FIBA; Qualidade do trabalho da Federação Nacional; Suporte governamental à Federação Nacional; e Participação na FIBA.

 Minha análise: O Governo banca a CBB há anos, mas se a qualidade do trabalho da CBB contasse pra alguma coisa o Brasil não poderia jogar nem campeonato de bairro.

Análise final: está muito claro que se trata muito mais de algo político, e financeiro, do que qualquer outra coisa. É chegar no dia da apresentação em Buenos Aires com um PPT bacana (tem gente aí no mercado do basquete que entende de apresentações bacanas pra ganhar convite), conseguir alguma declaração dos atletas da NBA se comprometendo pra jogar e dizer que pode bancar o valor que a FIBA considera como doação (o problema, com o volume de dívidas que a CBB possui hoje, será pagar, né…).

Sigo com meu palpite: o Brasil será convidado pro Mundial de 2014. E você? Concorda?

Sobre o blog

Por aqui você verá a análise crítica sobre tudo o que acontece no basquete mundial (NBB, NBA, seleções, Euroliga e feminino), entrevistas, vídeos, bate-papo e muito mais.