Seleção masculina está no buraco, e presidente Carlos Nunes não está na Venezuela pra apoiar

Ontem quando o Brasil perdeu do Uruguai eu fiquei me perguntando: caramba, o que será que está falando o presidente Carlos Nunes (foto) em solo venezuelano? É um momento triste para o basquete brasileiro, e o mandatário da Confederação Brasileira certamente seria abordado por imprensa e autoridades da FIBA Americas pra tentar explicar o que estava acontecendo.

Mas como no reino da CBB as coisas não funcionam como deveriam, a situação real é a seguinte: o presidente Carlos Nunes NÃO está na Venezuela até o presente momento, deixando um barco que navega com problemas ainda mais a deriva. Para se ter uma ideia, Rubén Magnano foi suspenso por uma partida devido a expulsão contra o Canadá, o Brasil tentou anular a punição mas, sem força política, acabou não tendo seu treinador no banco de reservas contra o Uruguai ontem.

A Copa América começou na sexta-feira, e Carlos Nunes não esteve nem perto de Caracas. No sábado compareceu ao evento da NBA no Parque Madureira, no Rio de Janeiro, e teve gente grande do ramo que se assustou quando o avistou lá – e não em solo venezuelano. No domingo o gaúcho compareceu à Gávea para acompanhar a Liga de Desenvolvimento de Basquete, a LDB (coisa que deveria ser feita por alguém do Departamento Técnico, conforme coloquei aqui). Ontem à noite Nunes passou por São Paulo, para o Prêmio Empresário Amigo do Esporte realizado pelo Ministério do Esporte.

Tudo bem que o cara não é um primor de liderança, mas é inacreditável que o presidente da entidade máxima do basquete brasileiro não esteja com a sua seleção masculina na competição mais importante do ano – e certamente no buraco mais profundo em que se encontra o basquete dos rapazes desde que ele assumiu a entidade máxima em maio de 2009. Fala muito sobre a gestão atual da modalidade, sobre o modelo ausente de comando de Nunes e principalmente sobre o respeito que ele tem pelo esporte que (deveria) governar.

Triste, não?