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Bala na Cesta

O fim do baixinho Allen Iverson, um dos melhores e mais geniosos jogadores da NBA

Fábio Balassiano

24/08/2013 12h04

Não há muito mais o que se pode dizer sobre Allen Iverson, o eterno camisa 3 do Philadelphia 76ers (ainda jogou por Denver Nuggets, Detroit Pistons e três partidas pelo Memphis Grizzlies). O baixinho (1,83m) anunciou oficialmente sua aposentadoria esta semana.

Mas isso, sabemos, não é nenhuma novidade. Ele não joga oficialmente desde 2011, e na NBA desde 2010. Aos 38 anos, ele ainda teve uma proposta do Dallas Mavericks na temporada passada, mas não quis passar pela D-League antes de, caso fosse aprovado, assinar com os Mavs.

Sempre fui fã de Iverson (o cara era um baixolinha jogando de pontuador, de chutador), mas é inegável que por trás de seu infinito talento estava, também, um gênio indomável e bem difícil de comandar (seus técnicos certamente ganharam inúmeros cabelos brancos por sua causa). Talvez apenas Larry Brown conseguiu liderá-lo com algum sucesso, em um curto período, no Philadelphia que chegou à final da NBA contra o Lakers em 2001 (e aquele vídeo de AI reclamando sobre perguntas da imprensa sobre treinamento é bem conhecido, né).

Tenho 29 anos (quase 30, tô velho, eu sei), e comecei a ver NBA com mais assiduidade no período em que Iverson conseguia dominar o jogo como poucas vezes eu vi – e creio que provavelmente a própria liga norte-americana viu. Era um "infiltrador" incrível, um arremessador sensacional e um pontuador convicto (média de 26,7 pontos na CARREIRA). Seu crossover (o drible do "elástico) era sua marca registrada, e os tornozelos dos adversários sofreram bastante por causa da manobra rápida e de difícil marcação.

Se o craque não venceu nada, se não foi muito longe em termos de conquista (títulos coletivos, não individuais), fica a tristeza pelo fato de sua despedida ter sido tão melancólica, tão pra baixo (. Allen Iverson não ganhou título da NBA, isso sabemos, mas foi, sem dúvida alguma, um dos melhores jogadores da história do basquete. O esporte não é feito . Sua história de sucesso era improvável (jovem de família carente da Virgínia que venceu em uma modalidade de "cavalões" com apenas 1,83m e pontuando na cabeça dos gigantes).

Obrigado, Allen Iverson! Abaixo alguns vídeos clássicos do melhor baixinho que vi jogar (junto com Romário, claro…).

48 PONTOS NO JOGO 1 CONTRA O LAKERS NA FINAL DE 2001

DANDO UM CROSSOVER SENSACIONAL EM MICHAEL JORDAN

O CLÁSSICO PRACTICE

NOS TEMPOS DE ESCOLA

MELHORES MOMENTOS DE SEU ANO DE CALOURO

UM TRIBUTO A ALLEN IVERSON

DOCUMENTÁRIO COMPLETO SOBRE ALLEN IVERSON

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