Contra a Argentina, outra chance de tentar parar Luis Scola - será possível?

Há cerca de suas semanas escrevi aqui sobre quão difícil tem sido para a seleção masculina nos últimos 11 anos parar o cracaço Luis Scola (foto). Seus números e performances contra o Brasil, contra qualquer jogador ou técnico, são esplêndidos, assustadores.

E aí, o que temos hoje à noite (19h, com ESPN Brasil exibindo) como aperitivo para a Copa América que será disputada na Venezuela (quatro vagas para o Mundial? Justamente um Brasil x Argentina pela Copa Tuto Marchand (na estreia, o time de Rubén Magnano sofreu, mas bateu República Dominicana no minuto final).

Não vale nada, em termos de resultado, mas será bom pra sabermos se Magnano fará algum ajuste na marcação a Luis Scola depois que o genial ala-pivô acabou com seu time no Super 4 de Anápolis (26 pontos).

É fácil falar, é fácil escrever, eu sei disso, mas alguma coisa diferente precisa ser feita. Se não é possível marcá-lo, que se pense em outra fórmula (nem que não seja apresentada hoje, para não dar terreno ao rival em um possível jogo na Copa América). Na NBA, muitos técnicos que jogam contra grandes pontuadores (Jordan, Kobe, LeBron, Carmelo Anthony) optam por "liberar" os pontos do craque no começo, visto que é bem difícil detê-los, mas alucinar a marcação nos quatro que o cercam desde o minuto inicial.

A consequência é bem simples nos últimos minutos de jogo: a marcação aperta em cima do pontuador principal do rival, e seus companheiros não têm confiança alguma pra chutar, já que foram bem vigiados em toda a partida. O Utah Jazz fez isso contra Michael Jordan e o Chicago Bulls algumas vezes  – e teve razoável sucesso. O Phoenix Suns, nas duas séries contra o Lakers em 2006 e 2007, também adotou a mesma postura em Kobe Bryant.

É fácil? Não. É possível tentar algo pra frear Luis Scola? Sim, já passou da hora de segurar o camisa 4 da Argentina.