Pra espantar de vez o trauma, Brasil enfrenta a Coreia do Sul no Mundial Sub-19 Feminino
Na estreia da Olimpíada de Pequim, em 2008, a seleção brasileira de Paulo Bassul mediria forças com a Coreia do Sul. Era um time baixo, o asiático, e que a princípio não traria problemas para o Brasil naquele 9 de agosto. Mas o que se viu em quadra foi uma tragédia. As sul-coreanas, pra evitar um choque maior no garrafão que acabasse por expor a baixa estatura delas, marcaram por zona do começo ao fim, forçando os chutes de fora do time brasileiro e pressionando a bola sem parar. O resultado? Incríveis 16 erros em 22 tentativas de fora, 29 desperdícios de bola e vitória das rivais por 68-62 apesar dos 15 rebotes ofensivos do time de Bassul. Depois do revés na abertura o Brasil não foi mais o mesmo e terminou em penúltimo lugar.
Dois anos depois, no Mundial da República Tcheca, brasileiras e sul-coreanas jogaram em Brno, também em uma abertura de competição FIBA. Naquele Mundial, com Carlos Colinas no comando da seleção do Brasil, a Coreia do Sul repetiu a estratégia: "Chutem de fora, chutem sem parar". E o Brasil, com um time mais alto novamente, caiu no mesmíssimo erro: apanhou 19 rebotes ofensivos (seis com Alessandra), chutou de fora sem mira e sem parar (3/21) e desperdiçou bolas como se não houvesse amanhã (19 vezes). No final, derrota na estreia por 61-60, auto-estima no fundo do poço e nona colocação naquela comeptição.
Agora, você deve estar se perguntando por que diabos eu falo isso tudo hoje, 19 de julho de 2013, né. É bem simples. Daqui a pouquinho, às 07h30 (de Brasília), a seleção brasileira Sub-19 de Janeth Arcain enfrentará a Coreia do Sul na segunda rodada do Mundial da categoria que está sendo disputado na Lituânia. Depois de vencer a Rússia na estreia por 66-63, a gente só espera que a equipe não cometa os mesmíssimos erros das seleções adultas contra as sul-coreanas nos dois duelos passados.
Não é difícil prever que, novamente com um elenco baixo, a Coreia repita a tática de "apelar" para a pressão na bola e liberar os chutes de três pontos (ainda mais depois do show que Vanessa, a Sassá – na foto à direita, deu na tarde desta quinta-feira em solo lituano). Que Janeth e as meninas mantenham a cabeça no lugar, forcem o jogo onde é mais fraco nas rivais e carimbem o passaporte pra segunda fase. Vencer significa avançar com no mínimo duas vitórias e pavimentar um caminho bacana nas quartas-de-final, ficando, assim, perto de uma sonhada medalha.
Será que as lições foram aprendidas?
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