A escolha de Jason Kidd para novo técnico do Brooklyn Nets - será que vai dar certo?

As coisas sempre andaram rápido para Jason Kidd. Fosse em um contra-ataque ou agora, quando, recém-aposentado de sua brilhante carreira de atleta (ele jogou até o mês passado, lembremos), ele acaba de ser anunciado como técnico do Brooklyn Nets para as próximas três temporadas (fico com pena de Brian Shaw, que é assistente-técnico há anos, fez entrevista e viu a vaga escorrer pelas mãos com apenas uma entrevista de Kidd). A dúvida agora é saber: como será que o ex-armador vai se sair em sua nova função?

Pelo que li, Jason Kidd vai contratar o maior número de pessoas experientes disponíveis no mercado para o cercar nesta sua primeira empreitada como técnico (parece que Chris Mullin será um deles, inclusive), no que ele está certíssimo, mas é obviamente um passo arriscado demais – das duas partes.

Do Brooklyn Nets, do milionário russo Mikhail Prokhorov, que contrata um ex-atleta para uma função de tamanha importância e para um elenco que tem figurinhas difíceis como Deron Williams para lidar (noves fora Kidd ter sido, em todos os anos de sua carreira, um treinador em quadra). E do ex-camisa 5 que levou a franquia duas vezes às finais da NBA, que chega para esta nova fase de sua vida profissional sem sequer ter vestido um terno para ser comandante, ou assistente, de nada. Liderar outros quatro com a bola na mão é uma coisa. Comandar 15, é bem diferente.

Jason Kidd foi um dos melhores armadores que eu vi jogar (fiquei feliz pra caramba quando ele ganhou o merecido título com o Dallas anos atrás – tanto ele quanto Dirk Nowitzki mereciam demais!), e torço sinceramente para que ele dê certo em sua nova função, mas considero um risco alto, muito alto para alguém que acaba de aposentar o tênis. No Nets ele terá que cuidar de Deron Williams, uma mala que já derrubou Jerry Sloan no Utah e Avery Johnson no próprio Brooklyn (acho bem claro também que a contratação de um cara que dominou tão bem a posição seja para acalmar o craque da franquia), um dono ávido por resultados rápidos (algo que, com este elenco que lá está não sei se será possível) e uma torcida bem mais exigente do que aquela que Kidd enfrentou em New Jersey quando estava no auge de sua carreira de atleta. A pressão, agora, é outra – bem maior, mais traiçoeira e sem Kenyon Martin para concluir seu brilhantes passes em enterradas.

Será que Jason Kidd vai dar certo no Nets? Será que foi uma boa contratação da franquia? Comente!