Há 50 anos, Brasil se tornaria bicampeão mundial de basquete - aplausos para eles!
Na dúvida, amigo leitor, saia a rua hoje e bata palmas. O porteiro vai te achar maluco, seu amigo vai querer te internar em um hospício, mas o motivo é justo, é bem justo. Hoje faz exatamente 50 anos que a seleção brasileira masculina de basquete venceu os Estados Unidos por 85-81 com 26 pontos de Wlamir Marques (foto à direita), 22 de Amaury e 17 de Waldemar para conquistar o bicampeonato mundial de basquete de forma invicta após cinco convincentes vitórias (e de forma seguida, já que o time de Kanela, outro mito do basquete nacional, conquistou o troféu quatro anos antes, no Chile). Naquela edição, o Brasil venceu "só"a Iugoslávia por 19 pontos (90-71, com 46 pontos somados de Wlamir e Amaury), a União Soviética por 90-79 (36 da dupla) e os norte-americanos na final.
É difícil mensurar, hoje, o que um título mundial de basquete representava, mas dá pra se ter uma ideia quando a gente vê as reportagens da época, conversa com um Wlamir, com um Amaury, e vê que os caras foram muito, muito, muito mitos do esporte.
Na época, basquete e futebol rivalizavam em termos de conquistas internacionais de peso (o basquete conquistou o mundo em 1959 e 1963, com medalhas olímpicas no meio disso tudo, enquanto que o futebol levou a Copa em 1958 e 1962 – praticamente "títulos casados") e em espaço em imprensa e fama. Aos poucos, por conta dos problemas de gestão de um e vitórias atrás de vitórias do outro a distância foi aumentando até os dias de hoje – o que é uma pena.
Mas, bem, hoje não é dia para isso. Hoje é dia para aplaudir aquela geração fantástica, a geração mais vencedora que o basquete brasileiro já produziu (e provavelmente a mais sublime que o basquete brasileiro irá produzir em toda a sua história, arrisco-me a dizer), com dois Gênios do esporte (Wlamir e Amaury são Gênios com G maiúsculo mesmo, sem medo de errar) e com um técnico, o polêmico Kanela, que ajudou a transformar aquele punhado de jogadores jovens talentosos em atletas vencedores.
A Amaury, Sucar, Paulista, Mosquito, Rosa Branca, Fritz, Jatyr, Menon, Ubiratan, Vitro, Waldemar, Wlamir e Kanela, nosso muito obrigado, nossas felicitações por terem colocado o Brasil entre os maiores e melhores times da história do basquete. Gênios da raça, eternos ídolos, nosso muitíssimo obrigado!
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