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Bala na Cesta

Toda reverência ao grande Hélio Rubens, na final com Uberlândia e de novo em alta

Fábio Balassiano

20/05/2013 01h30

No dia 3 de maio de 2012, São José venceria Franca por 94-80 para avançar com um sonoro 3-0 (todos os jogos foram com dez ou mais pontos de diferença) às semifinais pela primeira vez e para decretar o fim da Era Hélio Rubens na cidade do basquete. Aos 71 anos, o veterano treinador ouviu de tudo um pouco quando anunciou a sua saída ("ele está defasado", "sua saúde não está boa", "o tempo dele já era", entre outras coisas).

E aí o que aconteceu? Hélio rejeitou um convite do Sportv para aposentar a prancheta e assumir os microfones, assumiu o tradicional-e-conhecido time de Uberlândia pelo qual já havia ganho tudo anos atrás e pegou um time muito talentoso mas cujos últimos resultados não haviam sido muito bons.

Fez uma temporada regular muito boa, e quando o encontrei no Jogo das Estrelas em Brasília ele me disse: "Olha, ainda não jogamos com todos os titulares. Quando tivermos todos a disposição vamos brigar lá em cima". E assim foi feito. Valtinho voltou, Helinho teve um problema gravíssimo mas já está a disposição, Lucas Cipolini, Collum e Day têm jogado demais e o time do Triângulo Mineiro está em sua primeira final de NBB na história da franquia depois de bater Bauru em três jogos

Aconteça o que acontecer na decisão do campeonato, o NBB tem um grande protagonista nesta sua quinta edição. Ele se chama Hélio Rubens Garcia e merece ser reverenciado a cada dia pelo que já fez e continua fazendo no basquete nacional. Prestes a completar 73 anos, Hélio ainda tem uma vitalidade incrível, uma energia invejável e (o principal) uma capacidade incrível de entender de basquete.

Uberlândia pode não ganhar o NBB, mas a história da volta por cima de Hélio Rubens já merece ser comemorada.

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