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Bala na Cesta

Voando, Warriors jogam em casa neste domingo para abrir 3-1 contra o Denver na NBA

Fábio Balassiano

28/04/2013 15h17

Se não é a mais bem jogada, certamente é a mais divertida das séries do playoff da NBA até agora. Com 2-1 após a vitória de 110-108 na sexta-feira em Oakland diante de 19.500 alucinados torcedores, o Golden State Warriors pode, hoje às 22h30 (de Brasília), abrir 3-1 contra o Denver e deixar a franquia do Colorado a beira da eliminação. Isso tudo, é bom dizer, sem David Lee, que em seu primeiro jogo de playoff na carreira arrebentou o quadril e está fora da temporada.

Para isso, o Golden State Warriors seguirá apostando em um ataque feroz (112 pontos por jogo na série, com 52,2% nos arremessos e mais de 105 posses de bola por jogo) e com o comando de Stephen Curry (26 pontos, 11 asssistências, cinco rebotes e quatro bolas de três convertidas em cada uma das três partidas da série até agora) e Jarrett Jack, que, renascido com a confiança que o técnico Mark Jackson lhe deu e com o físico em dia, tem jogado uma barbaridade (19,7 pontos, oito assistências e 56,1% nos tiros de quadra). Além deles, brilham os ótimos Carl Landry (fazendo as funções de Lee, o ala-pivô tem 14 pontos em 22,7 minutos por jogo), Klay Thompson (16,3) e Harrison Barnes (17 pontos e cinco rebotes por partida).

Mas por incrível que pareça não é só pelo ataque que o GSW lidera a série até então. O Denver é um time muito bom, a gente sabe que os caras gostam pra caramba de correr e tudo mais, mas desde o jogo 2 (aquele de anormais 131-117 para o Golden State) os Nuggets não têm mais o controle da série. E o motivo é simples: os Warriors têm marcado muito bem (ao menos) os contra-ataques e o garrafão.

Lá no garrafão a média da temporada dos Nuggets foi de 59,9 pontos por jogos, e nos playoffs fica em 52 (queda de 15,2%). As cestas fáceis, por sua vez, não têm vindo. No jogo 2, apenas 8 pontos assim. Na sexta-feira, 16. A média na temporada foi de 19,9. Com isso, o Denver tem feito o que menos gosta (e sabe): chutado de fora. Na fase regular o aproveitamento ficou em 34,2% (o quinto pior da liga) em 18,6 tentativas por noite. Na pós-temporada, Mark Jackson (foto ao lado) obriga os Nuggets a chutar 21 vezes de longe, e o aproveitamento é de 31,6% (seria ainda menor caso os 7/18 do jogo 3 fossem retirados da conta…). Mérito para o treinador e também para Andrew Bogut, pivô australiano que vive tendo problemas físicos mas que nessa série tem 28 minutos/jogo, dois tocos e ótima presença perto da cesta, intimidando as bandejas de Ty Lawson e companhia desde o jogo 2.

O Golden State tem uma das poucas torcidas que fazem a diferença na NBA. Isso não sou eu quem digo, mas sim os próprios atletas. Dirk Nowitzki, do Dallas que foi eliminado pelos Warriors de Don Nelson anos atrás, disse que terminava as partidas com dor de cabeça e sem conseguir se comunicar com seus companheiros, para vocês terem uma ideia. Abrindo 3-1 hoje, vai ficar muito difícil para o Denver correr atrás e virar para 4-3. Por isso a partida de hoje é fundamental para a série.

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