James Harden decide de novo, Houston bate Spurs e fica perto dos playoffs - veja lance!
Foi um grande jogo na noite de ontem no Texas. Em casa, o Houston Rockets contou com mais uma atuação genial de James Harden (29 pontos, nove rebotes e seis assistências, além da bola decisiva que você vê no final deste post) e bateu o San Antonio Spurs por 96-95 para chegar a terceira vitória seguida (a quinta nos últimos seis jogos, a 39ª vitória na temporada (31 derrotas) e para ficar cada vez mais próximo dos playoffs (o Utah Jazz, nono, tem 34-36). Está em sétimo, colado no Golden State, e só um milagre os tira da primeira pós-temporada desde 2008-2009 quando perderam em uma série sanguinária contra o Lakers por 4-3.
No time com ataque mais feroz da NBA (106,5 pontos por jogo, cinco com mais de 10 pontos e uma linha ofensiva que tem mais de 115 posses de bola por partida – coisa de maluco, gente!), mérito para Kevin McHale, que colocou um sistema de jogo para não expor as deficiências de Jeremy Lin (13,1 pontos e 6,2 assistências), acreditou no ótimo Chandler Parsons (o bonitão, ex-Flórida e confiante como titular da equipe, tem 15,1 pontos, 5,4 rebotes, 3,5 assistências e 47,9% nos chutes) e liberou James Harden para fazer o que mais gosta – atacar a cesta com gosto.
E tem dado resultado. A temporada meio que está polarizada por LeBron James e Kobe Bryant, cada um brilhando a seu modo e por alguma coisa para sua equipe, mas o que James Harden tem feito neste campeonato é um verdadeiro absurdo, um espanto. O camisa 13, ídolo do meu amigo Thiago Risi (é sempre ele que me manda um SMS para dizer: "Coloca no jogo do Houston que o Harden tá arrebentando, corre"), tem incríveis 26,3 pontos por jogo (o quinto da NBA), 5,8 assistências (50% a mais do que na temporada passada e o 20º melhor da liga no quesito), 4,7 rebotes (15% a mais que em 2011-2012), 24,7 de eficiência (o terceiro melhor) e 45,1% nos arremessos.
Mais do que isso. Sem nenhuma grande revolução em seu jogo, Harden está agressivo e decisivo pacas no ataque. É o que mais cobra lances-livres na temporada (10,2, quase o dobro da média da sua carreira e 10% a mais que outro especialista nisso, Kevin Durant, seu ex-companheiro), tem 2,3 pontos nos 27 jogos apertados (com cinco ou menos pontos de diferença) em que seu time participou (chutando 40%) e invariavelmente é chamado para chutar quando o relógio aperta (11% de seus arremessos vêm quando o cronômetro de posse de bola marca três ou menos segundos – e o aproveitamento é de ótimos 39,3%) ou para cortar a defesa adversária (em bandejas, ele tem 62,8% e de pertinho, 59,4%). Ou seja: o Houston precisou dele – e ele respondeu à altura.
Não dá pra dizer que o Oklahoma se arrepende amargamente de não ter renovado com seu reserva (o OKC está em segundo e pode até ver Harden na pós-temporada, o que seria sensacional para a NBA em termos de comunicação/marketing), mas o que o barbudo tem feito merece aplausos, aplausos demais. Provou ser capaz de liderar uma franquia, provou estar, sim, na elite da principal liga de basquete do mundo. Ponto para o Houston, também, que bancou a contratação e a extensão salarial, e ponto para Kevin McHale, o técnico, que soube cercar seu principal jogador com a liberdade que ele tanto precisa.
O Houston, acreditem, dará muito trabalho nesta e nas próximas temporadas – é o time mais jovem da NBA, com um dos melhores gerentes-gerais e com um craque, James Harden.
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