Sobre eleição da CBB entre Grego e Nunes amanhã, a certeza: o basquete sairá perdedor
Relutei muito pra escrever este post. Muito mesmo. Quem conhece este espaço e o blogueiro (e os arquivos estão aí pra isso) sabe quantas pedras já atirei na Confederação Brasileira que teima em querer destruir o basquete deste país há mais de uma década. Apuro, ano após ano, os catastróficos balanços financeiros da gestão Carlos Nunes, tudo o que Grego não fez e estou batendo na tecla da falta de capacidade desta galera. Desde que acompanho com profundidade a modalidade (2006, talvez) o caos na administração da entidade máxima impera, isso sem sombra alguma de dúvida.
Seja com Grego, que dirigiu a entidade de 1997 a 2009, seja com Carlos Nunes (ambos na foto), que comanda a CBB há quatro anos, a realidade é uma só: o basquete deste país está no buraco. Seja em capacidade administrativa, em capacidade de produzir ideias arejadas, seja em capacidade de gestão financeira (como ficou evidenciado nos últimos 48 meses). Fale o que quiser, mas há muito pouco a ser elogiado nos últimos 15 anos de basquete deste país (e pouco é quase nada mesmo).
E o que teremos amanhã, quinta-feira, 7 de março de 2013? Uma eleição da Confederação Brasileira com os dois cardeais da foto. Os dois cardeais que tão mal comandam/comandaram a CBB desde 1997. Grego e Carlos Nunes, que estiveram em Brasília no fim de semana passado para o Jogo das Estrelas do NBB e cujas biografias estão aí para qualquer um ler (manchadas por fracassos técnicos, administrativos e financeiros – ia escrever um pouco mais mas desisti).
A modalidade que tanto amo padece neste país há 20, 25 anos. Nas mãos de qualquer um que vença a eleição da Confederação através dos 27 votos dos presidentes de federação nesta quinta-feira no Rio de Janeiro, apenas uma certeza: o basquete sairá perdedor e seguirá nesta draga por pelo menos mais quatro anos. O basquete, que foi tão bem tratado quando comecei a vê-lo por aqui. O basquete tricampeão do mundo. O basquete que hoje dá espaço a Carlos Nunes e Grego.
Talvez seja o fim da linha. Que anotemos bem o nome de ambos e dos 27 que também compactuam para que a desgraça técnica, administrativa e até moral continuem, se perpetuem. Este é o basquete do país. Dá desgosto demais continuar acompanhando a derrocada de algo que você gosta tanto.
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