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Bala na Cesta

Em dois jogos, Maranhão Basquete levou mais de 11 mil pessoas ao ginásio na LBF

Fábio Balassiano

22/02/2013 19h30

11.717 – É o público somado dos dois jogos do Maranhão Basquete na Liga de Basquete Feminino até aqui (média de 5.858). Sei que são apenas duas partidas (contra o Sport-PE, na estreia do campeonato, e na segunda-feira contra o São José), mas o Maranhão tem índice que impressiona em um basquete cada vez mais em baixa no país, e mostra que é possível remar contra a maré da falta de investimento e organização que impera na modalidade por aqui. Ponto para os torcedores de São Luís, que têm lotado o ginásio Castelinho quase sempre desde a edição passada da LBF.

Para se ter uma noção do tamanho da média de torcedores que o time de Iziane tem, ela é duas vezes maior que a apresentada por Mogi das Cruzes (2.208), líder no quesito no (já mais organizado e sedimentado) NBB e três vezes maior que a de Franca (1.800) e Flamengo (1.500), dois dos mais tradicionais times do país.

Mesmo assim nem tudo são flores, obviamente. Conforme reportagem aqui do UOL ontem na segunda-feira havia as (famosas e sempre presentes) goteiras e o campeonato é curto demais. Serão mais dois, três, no máximo quatro jogos no Castelinho, e fico me perguntando se a diretoria da LBF fez algumas contas de público, de projeção de público principalmente em Americana, São Luís e Recife, locais em que os ginásios têm ficado cheios, para não prolongar o certame por pelo menos mais um tunro.

É o panorama do basquete feminino atual, infelizmente, mas é bacana demais olhar que há localidades que ainda não desistiram da modalidade. É a hora de CBB e LBF sentarem juntas, marcarem território nestas cidades e aumentar a popularidade do basquete das meninas de uma vez por todas. Não sei, sinceramente, se há esporte amador no país que tenha, em um campeonato, média superior a cinco mil pessoas, não.

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