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Bala na Cesta

Correspondente BNC: conheça o jovem Gui Deodato, atlético e talentoso ala de Bauru

Fábio Balassiano

17/01/2013 15h00

Por Rafael Placce, direto de Bauru (SP)

Você leu ontem aqui uma entrevista com Ricardo Fischer, armador que vem se destacando em Bauru nesta temporada (os bauruenses, aliás, enfrentam o Paulistano nesta quinta-feira em São Paulo pelo Novo Basquete Brasil). Quem entrou no time titular com ele no final do ano passado para dar uma revigorada no quinteto foi o também jovem Guilherme Deodato, ou Gui Deodato como prefere ser chamado. Alto, atlético, natural da própria cidade, com médias de 9,2 pontos e 2,5 rebotes (aos 21 anos, ele teve 13 ou mais pontos em três das últimas quatro partidas do NBB) e torcedor dos tempos em que o Bauru tinha Leandrinho, Vanderlei e Guerrinha como técnico, ele conversou com o Bala na Cesta sobre sua carreira, memórias dos tempos em que apenas rezava para a bola entrar e seu futuro como atleta profissional.

Rafael Placce: Fale um pouco da sua formação no basquete. Como você começou?
Gui Deodato: Eu comecei nas categorias de base do Luso, aqui em Bauru. Meus pais me incentivavam muito, principalmente minha mãe. Joguei até o infantil. Como no meu ano de infanto-juvenil não tinha time em Bauru, tive que parar. Fiquei jogando, em 2007, apenas por diversão e esperando poder fazer teste em algum time no final do ano. Em 2008 o Guerrinha voltou pra Bauru com o time o time adulto, mas eles precisavam de um time de base federado. Deu certo porque montaram justamente o cadete, a minha categoria. E eu não só fui aprovado no cadete, como o Guerrinha me disse que eu iria ser usado no time principal.

RP: Na temporada passada, além de ganhar o prêmio de revelação do NBB, você também ganhou o prêmio de jogador que mais evoluiu. O que você busca melhorar no seu jogo durante os treinamentos?
GD: De imediato eu venho trabalhando bastante no meu passe. Acho que é uma coisa que preciso melhorar. Além disso, cito a minha infiltração. Admiro jogadores versáteis, que podem fazer um pouco de tudo.

RP: Eu vejo o Guerrinha, nos tempos técnicos e nos treinos, insistindo bastante com você nesse lance da infiltração. Muita gente acha que esse é o fundamento que falta pra você subir um patamar. Você concorda?
GD: Os jogos tão mostrando isso, né. Acho que eu estou batendo mais pra dentro, melhorando meus "dois pontos". Não que minhas bolas de três estivessem atrapalhando o time, mas a ausência das bolas de dois, estava. Acho que estou melhorando nisso, e o Guerrinha me deu parabéns por estar trabalhando duro nisso.

RP: Assim como o Fischer, você teve uma passagem pela seleção que disputou o Sul-Americano, a convivência com o Magnano. Como foi isso pra você?
GD: Fiquei muito feliz pela oportunidade. Como jogador que eles observavam para o futuro, não tive muita pressão de jogar muito tempo. Sobre o Magnano, ele sabe muito de basquete, merece todo respeito pelo o que está fazendo pelo basquete brasileiro, mas também acho que o Guerrinha e o Hudson (assistente do adulto e técnico do time da LDB) sabem muito e a gente tem que valorizar isso também.

RP: Eu já vi entrevistas suas dizendo que seus ídolos na vida não são jogadores de basquete, mas teve algum no qual você se espelhou?
GD: Eu cresci vendo o Tilibra/Copimax jogar, então esses eram meus ídolos. Aquele time campeão de brasileiro (2002), com Leandrinho e Vanderlei e o campeão paulista (1999), que tinha o Maury eram ótimos. Tentava copiar esses caras.

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