Ao Flamengo, uma pergunta se faz necessária: jogar no Tijuca ou no Maracanazinho no NBB?
Você leu aqui no domingo que o Flamengo, líder invicto do NBB até aqui (agora com 11-0), fez uma festa danada no sábado contra Limeira, e repetiu a dose na vitória contra o São José, atual campeão paulista, no ginásio Alvaro Vieira Lima, do Tijuca Tênis Clube, Zona Norte do Rio de Janeiro, em jogo remarcado pelo NBB nesta segunda-feira.
Mas desde sábado, quando vi o show que a torcida rubro-negra deu contra Limeira, fiquei me perguntando: será que não chegou a hora de o clube de maior torcida do país (não saia do blog, corintiano) pensar em jogar em um ginásio maior (o Maracanazinho)?
E se digo isso, é porque conheço as pessoas que vêm trabalhar nessa nova gestão do Flamengo. Marcelo Vido (foto à esquerda), novo diretor executivo de esportes olímpicos, é um cara competente, inteligente pacas, e certamente deve ter isso na cabeça. Pensar grande, pensar em subir um degrau, em fidelizar mais torcedores (clientes), pode ser uma saída para começar a fazer do basquete autossustentável (e não um refém do futebol).
Há custos altos (o aluguel do Maracanazinho fica em torno de R$ 15 mil e mais a montagem da quadra), mas em uma rápida conta dá pra fazer jogos no melhor ginásio do Rio de Janeiro. No Tijuca, com ingressos a R$ 10 (a meia ou com a camisa do clube), o rubro-negro tem colocado, duas, três mil pessoas por jogo. Só aí já temos, sei lá, R$ 25 mil. Se pensarmos que o potencial de público do Maracanazinho fica em sete, oito mil pessoas, a possibilidade de ter lucro líquido em jogos grandes (não dá pra fazer isso sempre, obviamente) é bem grande. Com sete mil pessoas, por exemplo, já seriam R$ 70 mil. Descontando o aluguel, R$ 55 mil. Me nego a crer que a montagem da quadra (a Liga Nacional havia prometido para esse ano pisos para todos os clubes) chegue a R$ 50 mil. Logo, dá pra fazer. Com boa vontade, querendo e pensando grande, dá.
O marqueteiro João Henrique Areias (foto à direita), que fez parte da campanha do presidente Eduardo Bandeira de Mello, já provou ser possível, quando no NBB1 o Flamengo enchia ginásios e promovia espetáculos além do basquete para os torcedores (aquela camisa do Fla Basquete foi sucesso de vendas, lembram?). Não era raro ver o Maracanazinho lotado, recheado de gente gritando 'Mengo' e colocando a mesma pressão que um ginásio menor exerce. Se os custos são altos (e são mesmo), não custa passar a mão no telefone e conversar com João sobre os ganhos (principalmente os financeiros).
É a hora de pensar grande para o Flamengo, ou manter o Tijuca é a melhor solução neste momento? O que acham? Comentem na caixinha!
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