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Bala na Cesta

A frustração com a lesão de Anderson Varejão em sua melhor temporada na NBA

Fábio Balassiano

10/01/2013 00h48

Quem gosta de basquete ficou triste na tarde de ontem quando leu que Anderson Varejão terá que operar o joelho direito, ficando, assim, de fora das quadras de seis a oito semanas (leia reportagem do UOL aqui). Com isso, o sonho do All-Star Game cai por terra, mas, creiam, isso não é o pior. Além dele, outro jogador de sucesso, Kevin Love, do Minnesota, também ficará de fora (até dois meses).

Com esta lesão, o pivô brasileiro, um dos melhores na NBA nesta temporada (14,1 pontos e 14,4 rebotes) completará três anos sem conseguir jogar 50% dos jogos da temporada regular do campeonato. Em 2010-2011, foram 31. Na passada (a que teve 66 partidas), 25. Nesta, provavelmente sua volta se dará com mais de 50 jogos, e ele fez 25 até então. Ou seja: está claro que há um problema a ser resolvido aí.

Gente boa do assunto diz que não é mera coincidência que o físico esteja deixando Anderson, um guerreiro, de lado neste momento (abuso do corpo, dizem-me), e o problema com isso tudo é que Varejão fique marcado na NBA como alguém que não consegue ter uma sequência de jogos que comprove o grande jogador que ele realmente é. A lesão que veio agora, e isso é triste pacas, veio justamente no melhor momento da carreira do atleta na melhor liga de basquete do mundo (reconhecido por todos, elogiado por técnicos, companheiros e ex-companheiros, ele seria fatalmente convocado para o All Star Game).

Debaixo dos caracóis dos cabelos de Anderson Varejão (sempre sonhei em terminar um texto assim, Caetano/Roberto) deve se esconder uma grande frustração. Que pena, que pena mesmo. Não existe momento bom pra se machucar, mas decididamente agora não era pra acontecer isso com um cara tão batalhador quanto ele.

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