Com Nash jogando o fino, Lakers vencem a 5ª seguida, 'zeram' campanha e mostram força
Foi um bom jogo na tarde/noite desta terça-feira de Natal. Jogando em Los Angeles, os Lakers tiveram um pouco de dificuldade em conter Carmelo Anthony no começo, mas Metta World Peace/Ron Artest entrou e mudou um pouco o panorama. Na segunda etapa, os Knicks melhoraram, chegaram a liderar em boa parte do terceiro período, mas viram os Lakers fazerem 23-16 e vencerem a partida, a quinta seguida, por 100-94.
Foi, sem dúvida, uma demonstração de força dos angelinos, que venceram a quinta consecutiva, 'zeraram' a campanha (agora 14-14) e viram Kobe Bryant tornar-se o maior cestinha em partidas de Natal (agora ele tem 383 – Oscar Robertson, 377) e chegar ao nono jogo seguido com 30 ou mais pontos. Mas não foi só isso.
O mais importante para os Lakers, que sofreram horrores para bater os fracos Charlotte e Washington recentemente, foi ter Steve Nash de volta ao controle do jogo. Ainda sem ritmo em sua segunda partida depois da lesão que teve (ficou um mês fora, e isso é mais do que normal), o veterano de 38 anos jogou uma barbaridade na noite de hoje em Los Angeles. Terminou com 16 pontos, 11 assistências e seis rebotes, mas não são os números que dizem quão bem ele foi, não.
No primeiro período, Kobe Bryant chutou dez dos 23 arremessos dos Lakers. Esperava-se, então, mais uma noite com 30, 40 tentativas do astro angelino, mas o canadense tinha outra ideia na cabeça. Começou a envolver MWP/Artest (2o pontos e 11 arremessos), Pau Gasol (13 e 13 arremessos) e Dwight Howard (14 e oito arremessos), mostrando que eles não eram apenas "apanhadores e passadores" de bola de Kobe. Foi Nash que colocou seus companheiros em posição de definir as jogadas, foi Nash quem deu um baita abraço no quase sempre contestado Gasol quando o espanhol definiu a partida com uma difícil enterrada no fim (e o ibérico ficou feliz com o reconhecimento, nítido isso), foi Nash quem meio que tirou a bola das mãos nervosas de Bryant (ele deu "apenas" 14 arremessos nos três períodos seguintes).
Não dá pra dizer, ainda, que o que se viu em quadra hoje será uma tendência nos Lakers, porque sabemos que este ainda é o time de Kobe Bryant, mas Steve Nash tem talento, liderança e carta-branca de Mike D'Antoni para buscar outra forma de os angelinos atuarem que não simplesmente deixando Kobe se virar (e sabemos o que isso quer dizer, não?). Kobe é um gênio, um craque, mas além de arremessador louco é um líder que cobra demais e quase sempre deixa seus companheiros malucos com seu grau de exigência (não é um defeito, mas um estilo).
Nash, por sua vez, é capaz de ser a voz mansa que Derek Fisher já foi. É capaz, além disso, de tirar a bola das mãos de Bryant, colocar nas de seus companheiros (dois Hall da Fama, é sempre bom lembrar) e fazer dos Lakers, aí sim, um time perigoso e com alguma chance no Oeste (em que pese a falta de banco de reservas razoável e a leseira defensiva de Mike D'Antoni, que hoje teve o disparate de colocar o armador Morris para tentar deter Melo no começo – não deu certo, claro). Pode ser que, enfim, o período de piadas com os angelinos tenha acabado.
Pelas mãos de Nash, pelas mãos de um dos melhores armadores da última década. Será que ele aguenta o ritmo e consegue mostrar a Kobe Bryant que é, sim, possível vencer desta maneira todas as noites? Comentem!
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