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Bala na Cesta

'Europeu', Minnesota encanta, monta pedra fundamental de grande time e mira playoff

Fábio Balassiano

22/12/2012 15h29

Começou enrolada a temporada 2012/2013 para o Minnesota Timberwolves. Kevin Love, craque do time, se lesionou na pré-temporada e perdeu o primeiro mês de campeonato (relembre aqui). Com cinco jogos, a (esperada) lesão de Brandon Roy veio. Ricky Rubio, artífice de um dos jogos mais bonitos da NBA passada, afirmou que só voltaria quando estivesse em perfeitas condições. Isso tudo, é bom dizer, do meio para o final do primeiro mês de liga, quando a franquia amargou seis derrotas em oito jogos para fechar novembro.

Mas dezembro veio e a situação começou a melhorar para o Minnesota. Kevin Love, um dos melhores e mais subestimados alas-pivôs da NBA na atualidade, voltou e mantém a excelência (19,6 pontos, 13,6 rebotes e 2,4 assistências). Ao seu lado no garrafão, o montenegrino Nikola Pekovic tem 16+8 e confirma que veio mesmo pra ficar. Nas alas, os russos Andrei Kirilenko (13,7 pontos, 7,3 rebotes e 3,3 assistências) e o agora titular Alexey Shved (10,9 pontos e 4,5 assistências) dão o tom. Na armação, o regular Luke Ridnour começa a perder minutos para Ricky Rubio, que, agora sim, está recuperado. Com isso, os sorrisos voltaram, a campanha agora é de 13-11 (sete vitórias nos últimos dez jogos – a última veio contra o Oklahoma City Thunder, que vinha de 12 triunfos seguidos, por 99-93, na quinta-feira) e o sonho de voltar aos playoffs está mais vivo do que nunca.

Mas, ei, pera, você leu bem o último parágrafo?

Dos cinco titulares do Minnesota, três são gringos – e o armador está pra perder a condição a qualquer momento. É um mini-Spurs, diria um amigo meu, e é a mais pura verdade. Jogando um basquete consistente, que alterna entre a elegância de outros tempos com o potencial físico de AK47 e Pekovic, os Wolves não devem ganhar um título por agora, mas possuem a pedra fundamental para fazê-lo em poucos anos. Está tudo lá: torcida fanática (16,8 mil pessoas por jogo em casa), atletas talentosos e que entendem bem o jogo (e que o jogo mudou pacas), ótimo técnico (o não menos subestimado Rick Adelman) e juventude.

Se eles vão chegar lá, eu não sei, é impossível prever, mas que é bonito de ver os caras jogar, isso é. Impossível não torcer por eles, na verdade. Que eles assim continuem.

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