Pós-punição, San Antonio Spurs recebe o Memphis Grizzlies em jogaço neste sábado

Bem, o que era esperado aconteceu. David Stern, comissário-geral da NBA, aplicou uma severa multa de US$ 250 mil no San Antonio Spurs devido à decisão de Gregg Popovich (foto) de poupar seus atletas na quinta-feira contra o Miami (leia mais aqui e aqui sobre o caso). As palavras que Stern usou em seu comunicado foram que os Spurs "prestaram um desserviço à liga e aos seus fãs". Vocês sabem o que penso do assunto, e quão lamentável é essa atitude da entidade que controla o melhor campeonato de basquete do planeta.

O fato é que além da multa de Stern há um jogaço nesta noite de sábado. Em casa (23h30 de Brasília), o San Antonio Spurs (imagino que a torcida faça alguns protestos) recebe ninguém menos que o Memphis Grizzlies, melhor time da NBA até o momento (12-2). É o time que, mesmo tendo se classificado em oitavo, eliminou o Spurs há duas temporadas naquela série fantástica (4-2, com direito a show de Zach Randolph), o dono de uma das melhores duplas de pivôs da liga (Randolph e o espanhol Marc Gasol, que tem ótimos 15,1 pontos, 7,1 rebotes e 4,5 assistências) e cuja sequência de quatro vitórias seguidas é a segunda melhor em atividade na NBA (perde apenas para as cinco de Nets e Heat).

Estou curioso para ver como serão as atuações dos descansados Duncan, Parker e Ginóbili, mas principalmente pra saber se Popovich apelará para algumas de suas frases mal-humoradas antes, durante ou depois da peleja (vejam o que ele fez com Charles Barkley na quinta-feira). Se isso não fosse o bastante, do outro lado da quadra estará um timaço de bola, apontado por muita gente como um dos favoritos do Oeste (se tivesse um pouco mais de banco de reservas eu embarcava nessa também).

Há, também, um fator bem interessante e que merece ser levado em consideração. Popovich nunca foi um poço de carisma, mas seu talento sempre foi reconhecido como um dos melhores. Sua capacidade como treinador, creio, ninguém discute, e seu nome era um dos favoritos para assumir o cargo de técnico da seleção norte-americana caso a saída de Coach K de fato se confirme. De acordo com Marc Stein, da ESPN dos EUA, colocar um nome que tem  nome não muito querido pela opinião pública e contato pouco amistoso com a imprensa como treinador de um projeto bacana da USA Basketball após os micos do começo de século seria um tiro no pé (e este é um bom ponto mesmo).

O que será que acontece logo mais? Quem vence este grande jogo? Comente!