Com Marcelinho Machado fora, como ficará o Flamengo para o restante do NBB?
Conforme você leu em matéria aqui do UOL, o ala Marcelinho Machado teve mesmo uma lesão grave em seu joelho direito. Ele rompeu o ligamento cruzado anterior e ficará afastado das quadras por no mínimo seis meses de acordo com a sua assessoria.
Marcelinho ainda tem esperança de jogar os playoffs do NBB, mas eu, deste canto, dudivo demais que isso aconteça (com menos de sete meses é quase impossível um atleta atuar em nível de competição). Por isso, a pergunta que fica é: como se sairá o Flamengo sem a sua principal estrela no restante da temporada?
De cara, a resposta mais básica é: "Ferrou pro Flamengo". É uma verdade. Marcelinho tem sido a principal arma ofensiva do time há cinco temporadas, deu dois nacionais para o clube da Gávea, tem média de 25 pontos na história do NBB e, querendo ou não, é um dos melhores jogadores em atividade por aqui (o que mostra, também, o nível técnico do NBB). Mas há um outro ponto interessante a ser analisado.
Nesta semana, já sem Marcelinho (ele ainda não sabia a gravidade da lesão), o Flamengo deu enorme demonstração de força ao bater, em São Paulo, Pinheiros (por 30 pontos) e Brasília (por outros dez). O basquete apresentado pela equipe de José Neto foi consistente, com poucos momentos de oscilação, forte na defesa e bem razoável no ataque (não apelou tanto assim para as jogadas de um-contra-um de Marquinhos, Benite e Olivinha, novos reforços da equipe). Caso continue assim, demonstrando evolução e comprometimento com a causa (a do jogo coletivo), Neto e o clube só têm a ganhar – e a ausência do camisa 4 não será tão sentida assim.
Não é questão de o Flamengo ser mais forte ou fraco com Marcelinho, mas sim de se adaptar a uma ausência que, agora se vê, é inevitável e irremediável para jogar de forma diferente (ninguém tem dúvida de que com ele, Marquinhos, Benite, Olivinha e Kojo seria difícil não acelerar demais o ataque). Acho que, sim, o rubro-negro sentirá falta do ala, mas José Neto dará enorme demonstração de maturidade como técnico caso consiga fazer com que seu time repita o ótimo e solidário basquete apresentado essa semana na Liga Sul-Americana. Perderia-se, então, em técnica, e ganharia-se em consistência e altruísmo ofensivo, equação bem razoável para manter o rubro-negro na briga por todos os títulos da temporada.
Será que o Flamengo sem Marcelinho terá força para brigar de igual para igual contra Brasília, Pinheiros, São José e Bauru pelo título do NBB? Eu acredito que sim. E você?
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