Outro absurdo no feminino: final do Paulista acontecerá 20 dias depois da semifinal
Confesso que estava com a televisão quase no mudo durante o terceiro jogo da final masculina entre Pinheiros e São José ontem quando o narrador falou sobre o duelo do Paulista feminino. Na hora, eu levei um susto, porque simplesmente não lembrava que teria decisão das meninas. Mas depois eu entendi o que estava acontecendo. O speaker da ESPN Brasil afirmou que as finais entre Americana e Ourinhos só acontecerão em dezembro, depois que a masculina acabar. Epa, como é?
Bem, está aí mais um caso de como as coisas são (mal) tratadas no basquete feminino brasileiro. Americana fez o quinto jogo da semifinal contra Santo André no dia 13 de novembro. Ourinhos, no dia 10/11. Sei bem que houve os Jogos Abertos do Interior no meio disso tudo, mas a competição terminou no final de semana (Americana foi campeã – como demonstra a foto). Não faz, pois, sentido algum (algum!) que a decisão do estadual mais importante do país não comece essa semana. É ruim para atletas, técnicos e torcedores, e principalmente para o produto, que já é tratado com descaso por dirigentes, mas que agora chega a um nível bizarro de tratamento.
Em primeiro lugar, porque não há relação alguma entre os campeonatos masculino e feminino. Em segundo lugar, porque a alegação de que a ESPN Brasil não tem grade de programação para exibir os jogos entre Americana e Ourinhos não cola. Até sábado, quando poderiam ser disputadas quatro partidas (hoje, amanhã, quinta e sexta-feira, por exemplo), não há basquete e, portanto, concorrência com outro jogo de basquete, e a atração poderia ser exibida na ESPN.
Mas o mais grave não é isso. Esperar a TV para mostrar o nome dos patrocinadores eu já não entendo (a lógica está invertida). Aguardar mais de 20 dias para acontecer a final por causa de uma emissora de uma competição mostra bem a quantas anda o estado do basquete feminino do país. Beira o ridículo, portanto, que seja um canal de televisão que esteja, com anuência da Federação e clubes, decidindo o calendário do basquete feminino deste país. Enquanto a mentalidade dos dirigentes, técnicos e atletas não mudar, viveremos neste amadorismo que tem levado o esporte das meninas para o buraco.
Este é apenas mais um dos milhares e bizarros exemplos da (falta de) gestão do basquete feminino. E o pior: não vai parar por aqui. O objetivo, de acabar com a modalidade, continua a todo vapor. Eles vão conseguir…
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