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Bala na Cesta

Via Grego, Sul-Americana esquece classificação da primeira fase e põe brasileiros juntos na 2a

Fábio Balassiano

06/11/2012 03h38

Vindo de Gerasime Nicolas Bozikis (foto) nada surpreende – ou quase nada. Presidente ds ABASU (Associação Sul-Americana que organiza a Liga Sul-Americana), Grego anunciou ontem o sistema de disputa da segunda fase da principal competição da América do Sul. E por incrível que pareça, o cara conseguiu reinventar a roda – céus, ele conseguiu!

O que fez Grego com os times brasileiros e argentinos, respectivamente segundos e primeiros colocados em seus grupos da Liga Sul-Americana? Ao invés de mesclá-los, de modo a fazer justiça com a classificação da primeira fase da competição, Grego e sua trupe de Fiba Américas (só gente boa…) colocaram TODOS os brasileiros (Pinheiros, Flamengo e Brasília) e argentinos (Obras, Regatas, Libertad e Peñarol) para disputar o segundo quadrangular (os dois primeiros colocados avançam às semifinais). Completa a chave dos brasileiros o Tiburones, de Vargas, que bateu o São José na semana passada.

Mas isso não é o bastante – e nem dá pra reclamar do regulamento porque ao menos no site ele simplesmente inexiste (mais uma prova da falta de profissionalismo da competição). Como se fosse fácil, a ABASU marcou o quadrangular dos brasileiros para a próxima semana (entre os dias 13 e 15 de novembro pelo que me consta e de 14 a 16 pelo que está no site da Liga) na capital federal. Não haverá problema para Brasília e Flamengo, mas o Pinheiros estará jogando a final do Paulista pela segunda vez consecutiva. Como fica o calendário para o time da Cláudio Mortari? Se pensarmos que o quinto jogo da outra semifinal será no dia 8 de novembro, é bem provável que a decisão comece, pare para a disputa da Sul-Americana e depois volte. Amadorismo pouco é bobagem, não?

Ah, só pra fechar. É este cara que concorre ao cargo de presidente da Confederação Brasileira de Basketball – é sempre bom lembrar isso. Carlos Nunes é um gestor terrível, muito ruim mesmo, mas quando você olha para a oposição e verifica que Grego está por lá é porque o fim do mundo está perto. Neste caso, como bem lembrou um amigo experiente, é o tipo de jogo em que todos saem perdendo – e perdendo muito.

Pobre basquete brasileiro.

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