Outro escárnio da CBB - não só pelos salários, mas pelo problema de 'prestações de contas'
O UOL, em matéria assinada pelo companheiro Bruno Freitas, reportou aqui que os salários de parte do corpo técnico que representou o Brasil no basquete na última Olimpíada de Londres ainda não foi pago (o valor refere-se às diárias de trabalho a serviço da seleção). Vamos combinar: para uma entidade que teve receita de R$ 25,2 milhões em 2011, é um absurdo.
Mas não o maior dos absurdos. Descendo um pouco na matéria do Bruno, está lá uma declaração interessante da assessoria de imprensa da Eletrboras (os grifos são meus): "Não existem atrasos no pagamento do patrocínio da Eletrobras a Confederação Brasileira de Basquete. Todos os pagamentos estão em dia. O que existe é um desacordo sobre algumas despesas apontadas na prestação de contas da última parcela do projeto. Neste momento, a Eletrobras está aguardando as justificativas da CBB para o pedido de reavaliação das prestações de contas feito pela entidade".
Opa, opa, isso é bem grave, bem grave mesmo. A estatal afirma ter liberado a grana combinada/acordada com a Confederação Brasileira, mas diz algo gravíssimo: as prestações de conta por parte da CBB não foram feitas de forma satisfatória para com a Eletrobras – por isso a entidade máxima alega que a grana não está pingando como deveria. Se isso não é passível de análise do Tribunal de Contas da União, eu não sei o que mais seria…
E isso, vejamos, não é novidade. No dia 10 de maio deste ano, publiquei o seguinte quando analisei o balanço financeiro da entidade máxima: "No começo deste ano, a Eletrobrás, principal mantenedora da Confederação (R$ 12,5 milhões em 2011) deduziu R$ 825.707 da parcela contratual de 2012 alegando que a entidade máxima utilizou este dinheiro para pagamento de tributos e contribuições não passíveis de cobertura contratual em 2011. Ou seja: o dinheiro da empresa pública, que deveria ser utilizado para o projeto de basquete do país, foi usado para outro fim – e isso não estava permitido em contrato".
Ou seja do ou seja: é mais um escárnio da péssima administração de Carlos Nunes (foto) no comando da Confederação Brasileira. Chega a dar pena do estado em que o basquete nacional encontra-se atualmente em termos de gestão, em termos de transparência e confiabilidade naqueles que deveriam ser responsáveis pelo desenvolvimento da modalidade no país.
E sabem o que é pior? Sabem com o que está preocupadíssimo Carlos Nunes e sou entourage? Com as próximas eleições. Ao invés de observar os jogos dos estaduais (o Paulista, principalmente), Rubén Magnano (foto), por exemplo, está dando palestras eleitoreiras em Maceió (isso é tão velho, tão retrógrado e tão na cara que chega a ser patético) para ajudar na campanha de reeleição para a presidência de Nunes na CBB (que coisa, hein, campeão olímpico…). Nesta semana ele esteve em Alagoas (veja mais aqui). Ah, e querem saber de outra maravilha do mundo cebebiano? Com quase dois meses de antecedência (vontade de férias é isso), foi divulgado o calendário de final de ano com recesso de 21/12/2012 a 01/01/2013 (leia mais aqui).
A CBB está atolada em dívidas (o balanço de 2012 promete ser uma gracinha), as prestações de contas não estão sendo bem feitas e com isso o buraco em que a entidade se mete está cada vez mais fundo. A única pergunta que fica é: existe algum limite para a tenebrosa gestão de Carlos Nunes? Ou destruir completamente o basquete brasileiro ainda está muito longe?
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